Jornal Correio Braziliense

Cidades

600 mil brasilienses devem ir aos cemitérios neste Dia de Finados

Previsão do Instituto Nacional de Meteorologia espera por chuvas no período da tarde


O céu nublado e grande fluxo de pessoas marcaram a manhã do Dia de Finados. Os seis cemitérios do Distrito Federal - Asa Sul, Taguatinga, Gama, Planaltina, Brazlândia e Sobradinho - abriram uma hora mais cedo, às 7h, e seguem em funcionamento até às 19h. Para quem deixou para prestar homenagens aos mortos no período da tarde, previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) espera por chuvas inconstantes e com trovoadas. Durante a manhã, expectativa da Polícia Militar era que cerca de 1,2 milhão de brasilienses visitem os cemitérios nesta quinta-feira (2/11), porém, no começo da tarde o número foi atualizado para 600 mil.
Durante a manhã, os brasilienses que foram ao Campo da Esperança, na Asa Sul, levaram velas e flores para prestar homenagens aos familiares e amigos. O tempo nublado e a possibilidade de chuva não impediu que o público mantivesse o local cheio durante todo o começo do dia. 250 mil pessoas devem passar pelo lugar até o fim desta quinta-feira.
O comerciante Aluísio César, 59 anos, conta que frequenta o Campo da Esperança todos os anos. No lugar, ele encontra a mãe, o sobrinho e os primos que faleceram. Enquanto as filhas vão para a igreja, ele percorre cada lápide, declara a própria fé, faz uma oração e se despede. "É uma data importante para lembrar daqueles que já foram. Isso aqui vai ser a casa de todo mundo um dia. A gente espera que demore para ir, mas quando acontece, torce para que eles estejam bem", afirmou.
No Cemitério São Francisco de Assis, em Taguatinga, a movimentação também começou cedo. Apesar do grande fluxo de gente, principalmente nas proximidades dos veleiros, onde são acessas as velas em homenagem aos entes queridos, o clima foi de tranquilidade. Muitas pessoas andaram por entre os túmulos carregando flores e coroas. Os visitantes aproveitam para revitalizar as estruturas das lápides.
Elelita Davi Brandão, 54 anos, visita com frequência o túmulo da mãe, que faleceu há 23 anos. "A gente sempre vem e aproveita para dar uma limpada na lápide dela. Tirar os matos que crescem ao redor, dar uma limpada e colocar algumas flores", conta.

Trânsito

Quem foi de carro enfrentou problemas para estacionar. O trânsito próximo ao Campo da Esperança precisou ser desviado da porta principal para o estacionamento externo. Os idosos e pessoas credenciadas foram liberadas para usarem as vagas de carro dentro do Cemitério. Quem tentou chegar o mais perto da entrada principal, encarou tráfego intenso a partir das quadras residenciais da Asa Sul. Muitos também decidiram estacionar no Parque da Cidade, e caminhar até as outras entradas do parque.
Já quem usou o transporte público para chegar aos cemitérios teve que esperar na parada e ainda enfrentar veículos lotados. Apenas 40% da frota saiu das garagens nesta quinta-feira, o que fez com que ônibus com destinos como a W3 Sul, onde fica localizado o Campo da Esperança, saíssem lotados das Regiões Administrativas.
Na Asa Sul, Taguatinga, Gama e Sobradinho, os cemitérios estão tendo transporte coletivo gratuito dentro da localidade até às 17h. A circulação dos veículos particulares depende de autorização de vaga especial ou de deficientes, emitidas pelo Departamento de Trânsito (Detran/DF). Em Planaltina e Brazlândia, todos os carros estão proibidos.
Na Avenida Hélio Prates sentido Ceilândia, o trânsito se manteve intenso durante a manhã, mas segue fluindo bem. O Detran fechou vias próximas ao Cemitério São Francisco de Assis, em Taguatinga, como a que dá acesso ao Setor H Norte, Especial 4. Elas serão reabertas por volta das 19h, após o fim das homenagens.
Como o estacionamento está proibido dentro dos cemitérios, flanelinhas estão cobrando até R$ 5 para olhares carros estacionados nas proximidades.

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