postado em 01/11/2017 18:07
Ao nascer, Edivan Nunes da Silva foi diagnosticado com uma paralisia cerebral. Algum tempo depois, a família descobriria que a doença resultaria em uma limitação do aprendizado e dos movimentos dele. Edivan não seria capaz de falar ou andar e responderia a estímulos externos apenas por meio de sorrisos e gestos.
Apesar da doença, as condições de Edivan não o impediram de encontrar alegria em coisas simples, como nos passeios ao ar livre, nos gritos de "gol", nas bexigas de ar e nas festas de aniversário. Os vizinhos, por sinal, se reuniam todos os anos, religiosamente, para preparar surpresas na data de comemoração de cada novo ano do jovem.
Os moradores da Quadra 12 do P Sul, onde Edivan morou toda a vida, ao lado dos pais, só não imaginariam que ele partiria tão cedo. Na semana passada, aos 31 anos, ele foi acometido por uma pneumonia, que culminou em uma internação na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Regional de Ceilândia (HRC). Sem apresentar melhora, após 10 dias, morreu na madrugada desta quarta-feira (1;/11).
Vizinha de Edivan, Iara Soares conta que "Pretinho", como era conhecido entre os mais próximos, deixará saudades pela simplicidade. "Ele era dono de um sorriso constante. As pessoas sempre o cumprimentavam na rua. Nos conhecemos há 21 anos e ele me adorava. Sempre gargalhava quando me via dançar. Ele era de uma família humilde e, mesmo sem falar ou entender muito bem o que se passava ao redor, nós percebíamos nele uma inteligência fora do comum", lembra Iara.
Edivan deixou pai, mãe e dois irmãos. Ele será velado nesta quinta-feira (2/11), das 8h às 10h, na Capela 5 do Cemitério de Taguatinga.