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Inmet prevê mais chuva em novembro e anima população frente à crise hídrica

Segundo o Inmet, a previsão de chuva para o mês de outubro era de 166mm, mas a realidade correspondeu a apenas 13% disso



As chuvas finalmente começaram e deixaram a população e o governo otimistas quanto à crise hídrica no Distrito Federal. Ontem, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) lançou o mapa da chuva no DF, que abrange o total esperado entre a última sexta-feira até o próximo dia 3. A expectativa é de que, até lá, chova, em média, 77mm na Bacia de Santa Maria e 75mm na do Paranoá. Na área que contribui para a captação do Descoberto, por ser maior, as chuvas variam mais: de 58mm a 89mm. Cada milímetro representa 1 litro de água acumulada em uma área de 1m;.

;Como o solo ainda está muito seco, essas chuvas vão ser responsáveis por umedecê-lo. Ele precisa estar suficientemente encharcado para a água começar a escoar nas bacias;, explica a meteorologista Morgana Almeida. Em medição na tarde da última sexta-feira, o volume de água no reservatório do Descoberto estava em 7,5 % e o de Santa Maria, em 23,2 %. Ela acredita que, até 10 de novembro, o nível das barragens deve começar a subir. A Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa) também já havia jogado suas previsões para o próximo mês.

[SAIBAMAIS]Segundo os meteorologistas, as chuvas dos últimos dias, apesar de poucas, contribuem para diminuir a evaporação nos reservatórios. Para novembro, a previsão é de 231,1 mm de chuva. Hoje, o tempo deve permanecer nublado, com chuvas em pontos isolados. A umidade na madrugada deve chegar a 90% e nos horários mais secos, a 45%. A temperatura varia entre 19;C e 28;C.

Segundo o Inmet, a previsão de chuva para o mês de outubro era de 166mm, mas a realidade correspondeu a apenas 13% disso, com 22,5mm. Apesar disso, o órgão aponta que a tendência é de que continue chovendo, e as perspectivas para o próximo mês são animadoras. Ele atualiza as previsões diariamente, à medida que novos dados são obtidos. Isso ajuda o governo a tomar decisões, como sobre o plano de racionamento de 48 horas.

Captação ampliada


Amanhã, outra aposta do governo contra a crise hídrica será colocada em prática: o subsistema de captação de água do Ribeirão Bananal, perto do Parque Nacional de Brasília. Mesmo sem as obras finalizadas, com 85% dos serviços executados, a Adasa autorizou a retirada de 726 litros por segundo desse novo subsistema. Ele será responsável pelo abastecimento das residências de mais de 200 mil pessoas.

As regiões agraciadas são Asa Norte, Sudoeste, Cruzeiro e Noroeste, atendida, atualmente, pelo sistema Santa Maria. Também faziam parte do sistema o Lago Norte, o Paranoá, o Itapoã e o Taquari, até que a captação do Lago Paranoá começou, no início de outubro. As novas captações aliviam o reservatório de Santa Maria, do qual, antes, eram retirados 1.400 litros de água por segundo para esses bairros.