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Caso Conic: em interrogatório, Lucas Albo permaneceu em silêncio

Na terceira e última audiência de instrução sobre o caso, o réu mudou a defesa que também decidiu dispensar as duas testemunhas que faltavam

O Tribunal do Júri de Brasília deu, nesta terça-feira (17/10), prosseguimento à terceira audiência de instrução da morte do DJ e estudante universitário Yago Sik, 23 anos, friamente assassinado na saída de uma festa no Conic, em julho. O réu, Lucas Albo de Oliveira, 22, seria interrogado, mas optou em permanecer em silêncio. Na ocasião, também seriam ouvidas mais duas testemunhas em que a defesa dele havia insistido na oitiva. Mas, houve uma troca de advogado e o atual defensor, dispensou os depoentes. Ao todo, nove pessoas foram ouvidas. Agora, as três audiências serão anexadas ao processo e a decisão sobre a ida ou não de Lucas a júri será anunciada em uma audiência de pronúncia.

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No momento em que Lucas entrou na sala para ser interrogado, o pai e a madrasta de Yago não contiveram a emoção. O réu, sempre de cabeça baixa e com tom de voz ameno, respondeu apenas informações básicas. Sobre o fato, não quis se pronunciar. Quando o juiz encerrou, o agente que o acompanhava o levantou para levá-lo de volta à carceragem. Ao ver a irmã sentada, Lucas sorriu.

[SAIBAMAIS] O crime aconteceu em 2 de julho, na Praça Central do Conic, após uma festa eletrônica. Na ocasião, o acusado teria ofendido e agredido a namorada. Yago, então amigo da vítima, também passou a defendê-la e acabou agredido também. Lucas voltou para a casa, pegou uma arma de fogo e atirou duas vezes no jovem, que não resistiu aos ferimentos.

Além de ter sido denunciado por homicídio triplamente qualificado, Lucas Albo pode responder por ameaça, lesão corporal e porte ilegal de arma de fogo. O acusado, que inclusive já confessou o crime, aguarda preso pelo julgamento.