Cerca de 400 catadores de material reciclável estiveram presentes no Salão Branco do Palácio do Buriti na tarde desta segunda-feira (2/10) para acompanhar o cronograma de fechamento do Lixão da Estrutural. Sob protestos e vaias, nem o governadador Rodrigo Rollemberg nem a presidente do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) Heliana Kátia Tavares conseguiram fazer o anúncio. O governador prometeu mais diálogo com os catadores e, em seguida, deixou o Salão Branco. Em cerimônia restrita à imprensa, confirmou que o fechamento se dará no dia 31 de outubro.
Os catadores protestavam contra o fechamento do Lixão sem a devida reabsorção da mão de obra envolvida. Denunciaram ainda que os galpões não estão equipados com todo o maquinário necessário, como esteiras e tratores. Além disso, disseram que os R$ 360 de compensação financeira está atrasado. Rollemberg prometeu ouvir as reivindicações.
[SAIBAMAIS]O Serviço de Limpeza Urbana (SLU) espera encerrar as atividades ilegais na Estrutural até 31 de outubro. De acordo com o GDF, cinco galpões vão realocar os trabalhos de 1.230 catadores. O governo promete, ainda, contratar todas as oito cooperativas que atuavam no lixão, caso apresentem a documentação exigida pelo governo, além de construir três centros de triagem definitivos.
Fim do prazo
Quase cinco meses depois do anúncio, o GDF consegue se aproximar do fechamento do lixão da Estrutural, o maior da América Latina. Na época, o governo fixou prazo entre agosto e outubro para o fim das atividades do local.
O Lixão existe há 60 anos ; surgiu antes da inauguração de Brasília ; e deveria ter sido fechado em 2011. Pela demora no fechamento, a SLU chegou a receber multas que, somadas, chegavam a R$ 10 milhões.