[SAIBAMAIS]De acordo com o delegado da 23; DP, Victor Dan, a Associação de Moradores do Setor Habitacional Pôr do Sol teve lucro de mais de R$ 2,2 milhões. A entidade sobrevivia com doações e por meio dos valores cobrados pelos lotes. ;Os moradores da área grilada acreditavam que o local seria regularizado. Caso não fossem, eles achavam que a associação os mudaria de lugar;, explica.
Entre os 10 presos nesta manhã, estava Alisson Borges, líder da associação de moradores do bairro. De acordo com a polícia, ele era o responsável por parcelar e revender lotes na região, além de cobrar até R$ 3,5 mil pelos barracos. Quem não pagasse recebia ameaças de 15 traficantes armados na porta de casa. A investigação não concluiu qual a dimensão da grilagem de terra, mas estima ocupação de 173 lotes.
Prisões
Por causa da dimensão do caso, a 23; Delegacia de Polícia (P Sul), responsável pela investigação, transferiu os presos para a 38; DP (Vicente Pires). A mudança, segundo a Polícia Civil, deve-se ao risco de represálias e conflitos com presos de outras celas em Taguatinga e Ceilândia.
Além do líder comunitário, a operação prendeu dois policiais militares que estariam atrapalhando as investigações. Em resposta ao Correio, a Corregedoria da Polícia Militar disse que ambos ;responderão individualmente por seus atos nas esferas criminal e administrativa;.
Há, também, suspeita de envolvimento de um servidor público da Administração Regional de Ceilândia no caso. Assim como os militares, o funcionário é acusado de atrapalhar o inquérito da Polícia Civil. A corporação não forneceu detalhes do cargo.