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Passageiros reclamam de demora para fazer cadastro no Bilhete Único

Tempo de espera ultrapassou os 30 minutos para alguns passageiros. Mesmo assim, Semob comemora fluxo de atendimento no primeiro dia

Usuários do sistema de transporte público reclamaram, na manhã desta segunda-feira (25/9), da demora no cadastro dos passageiros no Bilhete Único, novo sistema que integra as viagens de ônibus e metrô. Mesmo assim, a Secretaria de Estado e Mobilidade do Distrito Federal (Semob) considerou bem-sucedida a implantação da novidade.

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A demora, de acordo com o órgão, se deveu ao fato de o procedimento ainda ser novidade para os funcionários. O tempo para que o passageiro seja cadastrado e possa começar a usar o novo cartão é estimado em dois minutos, mas esse intervalo era muito maior durante o período da manhã, embora as filas não estivessem grandes.

[SAIBAMAIS]A cozinheira Ivone Martins, 59 anos, lamentou ter de esperar 32 minutos para ser atendida. Mesmo assim, disse que a espera valeu a pena, já que o cartão vai facilitar e baratear, na sua avaliação, o trajeto entre a casa e o trabalho.

"Eu tinha o cartão Flex do metrô. Então, eu colocava uma carga e usava. No ônibus, eu pagava em dinheiro. Agora vai ser um bilhete só, o que vai ficar mais fácil", disse. Além disso, Ivone já calcula a economia. Todos os dias, para chegar ao trabalho, ela pega um metrô em Ceilândia Norte e um ônibus na L2 Norte. O trajeto de ida e volta acaba custando R$ 17 por dia. "Agora, vai ser só R$ 5 para ir e R$ 5 para voltar", comentou.

Postos espalhados pelo DF


Segundo a Semob, os funcionários devem ficar mais velozes no atendimento. Além disso, o órgão acredita que a distribuição do serviço por mais de 30 postos espalhados pelo DF impediu que o primeiro dia do sistema fosse caótico. Para o secretário da pasta, Fábio Damasceno, o fluxo do atendimento superou as expectativas. "Foram 33 postos implantados para atendimento. É claro que é o primeiro dia e há dúvidas, mas foi acima das expectativas" comentou.

Houve, no entanto, que não concordasse. Para a servidora pública Lucilene Lira, 49 anos, a espera foi uma dor de cabeça que não trará grande vantagem. "Quando eu fui abastecer meu cartão Flex, a moça (do atendimento) disse que não era mais possível e que eu tinha que trocar pro Bilhete Único", contou. Como ela sai de Samambaia para a Rodoviária do Plano Piloto e depois segue a pé para o trabalho, o valor pago pela viagem vai continuar R$ 5. "Mas eu perdi uns 35 minutos aqui. Devia ser mais ágil", reclamou.