postado em 06/09/2017 16:31
A Polícia Civil prendeu, nesta quarta-feira (6/9) um homem acusado de atear fogo à mulher no domingo (3). Desde então, a vítima, de 38 anos, está internada no Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Ela teve mais de 40% do corpo queimado depois de uma discussão com o marido. Após consumir drogas e ingerir bebidas alcoólicas, o suspeito, de 38 anos, se descontrolou, jogou álcool contra a própria esposa, a empurrou no fogão e acendeu as chamas. Ele foi preso após se apresentar à 29; Delegacia de Polícia (Riacho Fundo).
O casal mora no Riacho Fundo 2. Além da tentativa de feminicídio contra a mulher, o acusado tem duas ocorrências de violência doméstica, uma de 2013 e outra de 2015. Todas têm a companheira como vítima. O filho dela, de 12 anos, vive na mesma casa onde ocorreu o delito mais grave. No momento, a criança está com os familiares da mãe. Segundo o delegado responsável pelo caso, Amarildo Fernandes, o homem confessou o crime praticado no fim de semana. ;Ele informou que foi sem intenção, mas descreveu toda a dinâmica do ocorrido;, disse o investigador.
Amarildo informou que as brigas entre o casal era frequente. ;Sempre que ele usava drogas ou ingeria bebida alcoólica aconteciam as discussões. Nas outras ocorrências, as lesões não foram graves. Aconteceram ameaças e agressões leves;, detalha o delegado. O suspeito teve queimaduras nas mãos e arranhões pelo corpo. Um dia antes de ser preso, ele ainda solicitou que um advogado fosse até a delegacia para pedir uma avaliação do Instituto de Medicina Legal (IML) e saber a dimensão do ocorrido para preparar a defesa.
Feminicídio
O número de tentativas de feminicídio triplicou no primeiro semestre deste ano, comparado a 2016. Segundo levantamento realizado pela Secretaria de Segurança Pública e da Paz Social, ocorreram 35 casos, enquanto, no ano passado, foram nove. Os crimes de violência doméstica também cresceram no mesmo período. Em um ano, o número passou de 6.848 para 7.119, um aumento de 4%. No total, nove mulheres morreram vítimas de feminicídio no Distrito Federal em 2017.