O educador físico e proprietário do Clube de Remo de Brasília, André Luiz Corrêa, 46 anos, foi agredido porque filmou um homem que passeava com um cachorro da raça rottweiler sem focinheira no Lago Sul, nas proximidades do clube.
O cão era levado por um homem, que segurava a coleira e estava acompanhado do filho adolescente, de 17 anos. Corrêa relata que se sentiu inseguro ao ver o animal sem a proteção na boca e, por isso, decidiu filmar o episódio.
O Correio assitiu ao vídeo, mas não vai publicá-lo por envolver um adolescente. Nele, é possível ver o jovem se aproximar e perguntar por que está sendo filmado. Ele diz: "Eu sou menor, viu? Por que está me filmando? Está louco?". E então, chuta o educador físico, que se mexe para se proteger e desvia a câmera. A sombra no chão, porém, mostra que os chutes foram realmente desferidos. "Ele me agrediu com chutes. Foi um no braço, um na perna, um nas costas e um na minha câmera. Não tinha necessidade disso", afirma.
"O local é sempre frequentado por famílias. Inclusive tinha uma fazendo piquenique ali. Ele colocou o cachorro para nadar junto com as crianças no píer. Fiquei com receio de acontecer algo, pois é um cachorro de grande porte e não estava devidamente equipado para passeio", argumenta Corrêa.
A Polícia Militar foi acionada e o adolescente, encaminhado à Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA), sendo liberado em seguida, mediante assinatura de Termo de Compromisso do pai. A reportagem não conseguiu contato com o dono do cachorro nem com o adolescente.
O que diz a lei
Segundo o Capítulo III, parágrafo 1;, da Lei Distrital 2.095 de 1998, é permitida a permanência de cães nas vias e logradouros quando portadores de Registro Geral Animal (RGA) e conduzidos com coleira e guia, por pessoas com tamanho e força necessários a mantê-los sob controle. Cães de grande porte, de raças destinadas a guarda ou ataque, usarão também focinheira quando em trânsito por locais de livre acesso ao público.