Hellen Resende*
postado em 04/08/2017 15:00
O som da banda Yew Tree lembra as canções medievais, com o banjo e o melodioso ritmo das flautas. Quando o grupo toca músicas mais lentas, nos remetemos à calmaria da natureza e, ao som das mais agitadas, viajamos para a animação das festas populares nos feudos da Idade Média. A música celta, tocada pela banda, engloba ritmos populares de vários países, principalmente a Irlanda. O estilo característico do conjunto é o folk irlandês, música tradicional do país, somado a pitadas de bluegrass, uma variação do country americano.
Os sete integrantes da Yew Tree se conheceram na Universidade de Brasília (UnB) e fizeram o primeiro show no campus de Planaltina. Hoje, eles têm entre 25 e 30 anos e, um dos integrantes, o Ed Mota tem 73. Além de músicos, quase todos também são professores. A ideia, é sempre tocar em lugares abertos, para ocupar cada vez mais o espaço público e alcançar o maior número de pessoas. No cenário brasiliense, em que se destaca o sertanejo e o rock, eles são um diferencial.
Em 2010, o grupo começou a tocar em bares e eventos medievais, para um público restrito. Hoje, sete anos depois, as apresentações são, principalmente, em bares alternativos. O começo não foi fácil. Certa vez, eles foram expulsos de uma estação de metrô enquanto se apresentavam. Os músicos insistiram, entraram com os instrumentos no vagão do trem e, ao serem retirados pelos seguranças, os passageiros protestaram: "Deixa eles tocarem."
Influências
Com influências de grupos americanos como Flogging Molly, The Devil Makes Three e da banda irlandesa The Pogues, o repertório caracteriza-se pela valorização dos instrumentos, com um som limpo.
O idealizador do projeto é o atual flautista da banda, Videl Carvalho, de 31 anos. Ele se apaixonou por música celta e irlandesa por meio de uma comunidade do Orkut. A paixão o levou a aprender a tocar flauta e a sonhar em formar uma banda. Ao lado de Tiago Monteiro, de 73 anos, que toca violão e escaleta, a Yew Tree deixou de ser só sonho. "A banda é uma alegria que eu consigo compartilhar por meio da música", explica Carvalho.
A mensagem que o grupo quer transmitir é a da diversão por meio da música. O grupo leva a sério o trabalho, mas dá risada diante dos desafinos: "Nós somos o melhor som e os piores rostos do folk celta do DF", brinca Luís Gomes (voz, violão e banjo).
[VIDEO1]
*Estagiária sob supervisão de Ana Letícia Leão.
[VIDEO1]
*Estagiária sob supervisão de Ana Letícia Leão.