[SAIBAMAIS];Depor contra uma corporação nos deixa totalmente vulneráveis. A polícia tem tempo, dinheiro e armas para fazer o que quiser. Por isso, a testemunha prefere não se identificar;, diz Feitoza. O advogado adianta que a testemunha ouviu diversos diálogos entre os guardas da delegacia, durante os quais teriam dito que um escrivão havia perdido a paciência com as ;besteiras; que Luís Cláudio falava alcoolizado e teria dado uma ;gravata; nele para jogá-lo na cela.
O cunhado da vítima, Marcos Eustáquio, 48, também afirma ter ouvido o mesmo de guardas da 13; DP: Luís Cláudio provocou o escrivão, descrito como alto e forte, e este teria dado um golpe de ;gravata; no motorista para colocá-lo dentro da cela onde foi, posteriormente, encontrado sem vida. Eustáquio enfatiza que há outras testemunhas, presentes na delegacia no momento em que Luís Cláudio chegou algemado, com medo de depor. ;Minha família já sofreu ameaças. Passou um carro na frente da minha casa e gritaram de dentro dele: ;Está falando demais! Fica calado!’. O movimento na minha rua aumentou. Viaturas de polícia passam por aqui o tempo todo. As testemunhas estão certas de sentirem receio;, crava.
O Ministério Público disse ao Correio que não se pronunciará a respeito da intimação de testemunhas e informou em nota que ;os promotores responsáveis aguardam as conclusões das investigações para falar;.
Ajuda internacional
O advogado da família comenta ainda que planeja entrar em contato com organismos internacionais de defesa dos direitos humanos. ;Os órgãos nacionais não querem apurar. Estão tentando tapar o sol com a peneira. Vou procurar o respaldo de instituições internacionais, pois as fotos que a família divulgou são evidências de violação de direitos humanos;, ressalta.