A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu em flagrante, nesta terça-feira (18/7), em Manaus, duas das quatro autoras do homicídio da travesti Agatha, ocorrido em 26 de janeiro de 2017. A brutalidade do crime chocou a população do DF.
As duas foram presas no Bairro Colônia Terra Nova, na capital amazonense, após roubar um homem que lhes ofereceu carona. Com elas, a polícia apreendeu R$500, além de objetos da vítima como um óculos, um colar e um aparelho celular. Elas foram levadas para o 18; Distrito Integrado de Polícia (DIP), onde foram autuadas.
A travesti conhecida pelo nome social Carol (nome civil Daniel Ferreira Gonçalves) e a travesti Lorrane (nome civil Dayvisson Pinto Castro) estavam sendo investigadas pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou por Orientação Sexual ou contra Pessoa Idosa ou com Deficiência (DECRIN) desde o dia do crime. Além de Carol e Lorrane, outras duas travestis participaram do homicídio. As outras autoras ainda estão sendo procuradas pela polícia.
O crime ocorreu em uma central de distribuição dos Correios e Telégrafos, em Taguatinga Sul, próximo ao ponto de prostituição onde Ágatha trabalhava. Toda a ação foi registrada pelas câmeras de segurança do local, que filmaram a vítima sendo executada a golpes de faca.
O inquérito que apurava a morte de Ágatha foi o primeiro no Distrito Federal a trazer impresso na capa o nome social da vítima, e não o de registro.
Memória
Ágatha morava no Distrito Federal desde novembro do ano passado. Em 26 de janeiro, por volta das 17h30, a jovem aguardava por clientes em uma área próxima à central de distribuição dos Correios de Taguatinga Sul, quando um carro particular, pedido por meio de um aplicativo de transporte, chegou ao local. As quatro travestis saíram do veículo e correram com facas em direção a Ágatha. Enquanto fugia das demais, a vítima entrou na central de distribuição, onde foi cercada.Os funcionários do local tentaram prestar auxílio, mas Ágatha não resistiu aos ferimentos. As quatro suspeitas fugiram no mesmo carro em que chegaram. O motorista do veículo que as transportou ao local do crime não chegou a descer do carro, mas foi indiciado por homicídio. Ele já prestou os devidos esclarecimento à polícia e não houve a emissão de um mandado de prisão contra ele.