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"Espero que essa mulher permaneça presa", diz mãe de bebê sequestrada

"Foram horas de pânico. Pensei que minha filha fosse morrer", relatou ao Correio Arlete Bastos da Silva, que teve a filha raptada na quinta-feira (29/6)

Thiago Soares
postado em 30/06/2017 20:51
A pequena Valentina no colo da mãe, Arlete, após o susto do raptoDepois de ter vivido os piores momentos da vida, como ela mesmo define, Arlete Bastos da Silva, 29 anos, disse que não confiará a mais ninguém nenhum dos filhos. Além de ser mãe da pequena Valentina, bebê sequestrada na quinta-feira (29/6), ela tem outras três crianças - um menino de 13, outro de 11 e uma menina de 7 anos. "Espero que essa mulher permaneça presa", se referindo à sequestradora, Cevilha Moreira dos Santos.

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A família mora em uma casa humilde na Vila Rabelo. Arlete e o marido, Waldir Santos, 32 anos, estão desempregados. Ela tenta sustentar os filhos com serviços esporádicos de faxineira e ele, em bicos como auxiliar de pedreiro. O casal veio há seis anos de Monte Alegre, povoado de Guaratinga, na Bahia. O pai é mais calado, por isso, preferiu não ficar em casa para dar entrevistas.
Na quinta-feira, enquanto ela andava desesperada com policiais no centro de Brasília à procura de Valentina, o pai ficou com os filhos. "Ele ficou tão desesperado quanto eu. Pensei que não veria mais minha filha. Nunca imaginei que isso pudesse acontecer conosco. Quando eu saí da sala de exames e vi que minha filha não estava lá mais, fiquei desesperada. Foram horas de pânico. Pensei que minha Valentina fosse morrer", conta, emocionada.

Já em casa, durante toda esta sexta-feira (30/6), a mãe não saiu de perto da filha. Situação bem diferente das sete horas de pavor vividas no dia anterior. "Foi um sofrimento muito grande. Quando vi minha filha novamente, foi como se eu tivesse dado à luz de novo. Quando a encontrei, ela estava com fome e, quando a amamentei, pareceu a primeira vez", conta. "Não desejo essa situação que passei para ninguém", resume.

Auxílio

Os pais de Valentina estão desempregados e renda dos serviços esporádicos não é suficiente para sustentar as quatro crianças. Familiares e vizinhos organizaram um grupo para arrecadar donativos para a família. "Está um pouco complicado, mas, com fé, vamos seguir. Tudo isso aconteceu, talvez, porque eu confiei em alguém que me ofereceu um possível um emprego. Eu só queria ter uma segurança para manter os meus filhos junto com o meu marido", lembra Arlete.

Para ajudar

Quem quiser contribuir com a família pode entrar em contato com Raissa Souza, pelo número (61) 99504-1246, ou com a Arlete, no (61) 98567-0120.

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