[SAIBAMAIS]De acordo com o chefe da Delegacia de Polícia de Planaltina de Goiás, Cristiomário Medeiros, Neilson disse ainda que a suspeita escondia o corpo e não deixava que ele entrasse no banheiro com ela dentro. Cevilha teria confirmado a ele que o bebê era uma menina. Ele chegou a montar um quarto para a filha na casa da suspeita, com direito a berço e enxoval completo, acrescentou a testemunha.
Neilson também contou que Cevilha dizia trabalhar no Samu. A equipe de investigação chegou a encontrar um uniforme que lembrava o do serviço na casa da suspeita, o que gerou uma nota da Secretaria de Saúde do Distrito Federal. "A Secretaria de Saúde reconhece este episódio como um caso isolado e que não pode macular a imagem de seus servidores e deste serviço, que é de grande importância social e, diariamente, ajuda a salvar vidas. A gestão da pasta e do Samu acompanham o caso", escreveu em nota.
Outras mulheres foram abordadas
De acordo com o delegado Medeiros, depois da notícia do sequestro, mulheres da cidade foram à delegacia ainda na noite de quinta-feira (29/6) para dizer que Cevilha havia visitado a casa delas se passando por uma assistente social. Ela só abordava gestantes de meninas, para as quais oferecia cesta básica e enxoval. O delegado descarta que a suspeita esteja envolvida em algum tipo de quadrilha.
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Cevilha foi presa em Planaltinha, na tarde de quinta-feira (29/6), pela Polícia Militar de Goiás. Além da bebê, a mulher tinha em mãos uma certidão de nascimento, como se já tivesse cadastrado a criança como "Isabela". O delegado afirmou que as primeiras análises apontam "falsificação grosseira", pois há dados falsos no documento. As datas não fazem sentido: o registro teria sido feito na quinta, enquanto a data de emissão está como 26 de fevereiro de 2007. Além disso, o nome do cartório onde a menina foi registrada é do Gama, mas o endereço anotado é de Sobradinho.
A polícia ainda vai investigar com quem Cevilha conseguiu esses documentos e como fez para atualizá-lo. Ela morava em Sobradinho e é mães de quatro filhos, frutos de outros relacionamentos. Medeiros acredita que a renda mensal da família vinha da pensão dos meninos.