Jornal Correio Braziliense

Cidades

Parada LGBTS ocupa a Esplanada dos Ministérios neste domingo (25/6)

Evento começou por volta das 15h. Expectativa da organização é reunir 50 mil pessoas

 
Com aproximadamente uma hora de atraso, a 20; Parada do Orgulho LGBTS de Brasília começou um pouco antes das 15h deste domingo (25/6), na Esplanada dos Ministérios. A demora se deveu a um impasse entre a organização e a Polícia Militar. Os realizadores conseguiram, após negociação com o Governo do Distrito Federal (GDF), autorização para ocupar uma área gramada em frente ao Congresso Nacional, mas o espaço estava interditado.
 
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Depois de uma conversa entre organização e PM, o gramado foi liberado, e os trios elétricos puderam ser posicionados conforme planejado inicialmente. Nesse horário, eram poucas as pessoas que estavam no local, e, às 16h30, o cálculo da PM era de mil participantes.
 
No entanto, a expectativa dos movimentos organizados é que, até o fim do dia, cerca de 50 mil pessoas se juntem à manifestação, que tem como tema ;Religião não se impõe. Cidadania se respeita;, lema que faz uma defesa do Estado laico, ou seja, sem a interferência de grupos religiosos na política do país.
 
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Festa e luta

No alto do trio, performances de artistas ligados ao movimento LGBTTI e discursos por mais direitos se alternam. Para os idealizadores, a Parada é um misto de festa e luta. Segundo Michel Platini, um dos organizadores, será um evento "alegre, com muita música". "Mas a luta sempre está presente. Temos mais de 10 países representados aqui hoje. A parada é um meio de luta para nós", disse.

De fato, não há só pessoas do DF na parada. A vendedora Suellen Maranhão, 27 anos, atravessou quilômetros, vinda de São Luís, para apoiar o movimento. "Sempre que dá, acompanho as paradas em várias cidades. Meu look hoje é uma princesa que representa o público LGBT", contou.

As pessoas aproveitaram a tarde ensolarada para pedir respeito à diversidade de orientação sexual e identidade de gênero. Muitos participantes chegaram trazendo cartazes e faixas que pedem respeito, o fim do preconceito e direitos para a comunidade de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais. "Luta-se por amor", "Livres para amar" e "Tire seu preconceito do caminho" são algumas das mensagens levadas por escrito pelos participantes.

A maioria, no entanto, preferiu se manifestar por meio da bandeira do movimento LGBTTI, que traz as cores do arco-íris. O símbolo pode ser visto em vários formatos na Esplanada, o que tem feito também a alegria de vendedores. Vinda de Ceilândia, a comerciante Elce Henriques Silva, 32 anos, havia vendido cinco bandeiras em menos de 40 minutos de evento. "Nesses eventos LGBT, sempre vendemos muito. Com as bandeiras entre 25 e 30 reais, dá uma renda boa", comemorou.