Jornal Correio Braziliense

Cidades

Mudanças no Hospital de Base devem ocorrer só em julho de 2018

Apesar da mudança no modo de se administrar o hospital, aprovada na Câmara Legislativa, não há previsão de aumento de recursos para a instituição

Mais de 100 leitos fechados, desabastecimento, investimento em tecnologia e falta de profissionais são as principais mazelas que atingem a maior unidade médica da capital do país. O desafio dos 11 integrantes do conselho administrativo é frear a crise que afeta a unidade e que se agravou nos últimos três anos. "Há uma tendência de estabilização dos problemas do hospital", garante Fonseca.

Um ponto polêmico é o método de compra do hospital, que, com a aprovação e a regulamentação, passa a dispensar licitação. Fonseca afasta qualquer interação com organizações sociais ou empresa terceirizada. "Não é comprar de qualquer jeito. Tem que ser pesquisado, publicado e transparente. Acredito que o Base vá conseguir comprar até mais barato. Teremos a oportunidade de comparar os modelos e ver qual está funcionando melhor", pontua.

Não haverá pausa no atendimento. "Vai dormir sendo administração direta e acordar instituto. Antes, vamos conversar com os servidores e o conselho de saúde", detalha o secretário. Um dos próximos passos é definir a redação do manual de admissão, que deve ser aprovado pelo Conselho de Saúde. O texto deverá determinar como e quem será contratado. Isso deve aliar servidores estatutários e contratados pela CLT. Os servidores concursados não sofrerão redução salarial.

Mesmo com as críticas - deputados de oposição pretendem recorrer à Justiça contra a mudança no hospital - Fonseca diz que haverá melhorias, mas não divulgou metas. "O hospital terá condições de resolver seus próprios problemas. Teremos um contrato de gestão de dirá as metas e também a prestação de contas anual que será feita para auditoria externa", destaca.