Depois que a boate Espaço Secreto ignorou a interdição imposta pela Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis), em 21 de abril, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) entrou com ação civil-pública contra o estabelecimento. O órgão pede que cessem a realização de eventos no local e prevê multa de R$ 200 mil para cada ocasião em que a população local for incomodada pelo barulho da casa de festas. Em caso de reabertura, a casa pode ser multada se forem identificados ruídos acima do volume permitido. O MPDFT também pede que seja cortado o fornecimento de água e energia como formas de garantir a interdição.
Em nota divulgada em rede social, a boate esclarece que "antes mesmo da ação ser julgada", decidiram "fazer reformas imediatas para se adequar a todas as normas técnicas" e que abrirá as portas normalmente no próximo final de semana. Na nota, o estabelecimento critica a Lei do Silêncio, que estabelece limites máximos de intensidade de emissão de sons e ruídos e afirma que a lei se tornou um obstáculo para o crescimento da vida noturna em Brasília. Contudo, também declaram que estão fazendo todo o esforço para atender todas as exigências em relação ao som emitido pelos seus eventos.
O episódio remete à interdição realizada pela Agefis no dia 21 de abril, em decorrência a reclamações feitas por moradores. Segundo a Administração Regional do Guará, a licença de funcionamento do local já foi revogada. Contudo, mesmo após a interdição, os moradores continuaram registrando reclamações de barulho.
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