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Um jacaré foi avistado nas águas do Lago Paranoá na manhã desta segunda-feira(5/6), entre a ponte Honestino Guimarães e a Ponte das Garças, perto do novo Deck Sul. Um vídeo circulou pelas redes sociais e levantou uma polêmica sobre a presença dos répteis no lago, onde diversos banhistas aproveitam as horas livres para relaxar e praticar esportes.
Em um vídeo postado em uma página de Facebook intitulada ;Ocupe o Lago; é possível observar o jacaré nadando tranquilamente. A mulher que filmou o surgimento do bicho se diz impressionada com a presença dele, mas isso é mais comum do que parece.
Frederico Gall, 43 anos, pratica canoagem, caiaque e canoa havaiana nas águas do lago há 25 anos. Para ele, a presença desses animais é normal, já que são eles quem fazem parte da fauna local. O autônomo afirmou que já viu mais de 20 vezes jacarés na região, e que eles nunca o atacaram, mesmo estando muito perto.
Gall, que mora na QI 17 do Lago Sul, contou que costumava ver um desses animais em um brejo próximo de sua casa. Ele relata, ainda, que chegou a criar afeição ao animal, o batizando de Jack, de tanto que ele o via. Há algum tempo, porém, o esportista nunca mais avistou o réptil. "Gostaria de saber o que aconteceu com ele", lamenta.
Inofensivo
O diretor-adjunto do Jardim Zoológico de Brasília, Erico Grassi Cademartori, afirma que a apariação de animais silvestres nas águas do Lago Paranoá é comum. Segundo ele, nesses últimos dias, um jacaré, que estava no instituto, foi levado para o habitat dele.
Caso algum banhista aviste um jacaré enquanto pratica esportes no Paranoá, o ideal é manter distância, mas Érico recomenda: "Esses animais têm mais medo da gente do que nós temos deles", afirma.
O comandante do Batalhão Ambiental da Polícia Militar do DF (CPAM), major Souza Junior, diz que nunca houve relato de ataques de jacaré a banhistas no DF. Segundo ele, as principais espécies que existem no lago são o jacaré de papo amarelo e o tinga, ambos inofensivos. "A orientação é de não se aproximar e nem tentar capturar o animal, para proteger tanto o banhista quanto o bicho", alerta.
Segundo Souza, a corporação faz diariamente uma ronda por todo o perímetro do lago, o que significa cerca de 110km. O objetivo é inibir a ação de pescadores ilegais e proteger o bioma da região. Nessas situações, afirma ele, são avistados sempre diversos animais, inclusive, jacarés.
*Estagiário sob supervisão de Anderson Costolli