Alessandra chegou à capital no início da semana para cobrir os protestos de quarta-feira. Não voltou em virtude do aniversário de uma amiga, que comemorou na cidade goiana. A jornalista se acidentou em uma pedra e quebrou o osso da perna. Mesmo com convênio, não conseguiu vaga para operar na região. ;Além de tudo, eu sou do Rio, não tenho família aqui para me ajudar na recuperação;, explicou.
O irmão, que é médico, comprou uma passagem especial para a irmã, que está mobilizada e precisaria viajar na cadeira de rodas. Ao chegar no aeroporto, para o voo, que saiu às 13h, conta que foi impedida de embarcar, mesmo com a autorização médica. ;Eles disseram que eu precisaria enviar o documento 72 horas antes do embarque. Mas como eu iria imaginar que iria cair? Eu vou deixar de operar, posso perder o movimento da perna porque eles não me deixam entrar no avião;.
A passageira ficou dentro de uma ambulância até às 17h, enquanto tentava resolver o problema e embarcar. No entanto, a assistência precisou ir embora e ela passou a apoiar a perna no banco da sala de espera. ;Eu estou com dor e o ideal é operar o quanto antes. Não posso esperar esse tempo que eles me pedem! Eu não estou pedindo um favor, eu comprei a passagem. É só deixar eu entrar com a cadeira de rodas;, ressaltou. De longe, a família tenta auxiliar a jornalista que espera no aeroporto. ;Uma tia minha que é advogada está tentando entrar com um liminar para que eu consiga viajar. Mas não tivemos novidades ainda;, explicou.
Em nota, a Avianca informou que, no caso específico, a passageira não forneceu o documento correto chamado medif (uma espécie de formulário padrão de informações médicas que todas as companhias aéreas têm um) para a segurança dela própria durante o voo. "A empresa está atuando de acordo com a Resolução 280 da Anac. Embarcaremos a cliente assim que a documentação necessária seja fornecida".