A primeira audiência do processo do delegado da Polícia Civil Rodrigo Pereira Larizzati começa nesta sexta-feira (26/5). O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) colhe depoimentos dos envolvidos no caso. O Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) acusa o titular da 33; de Delegacia de Polícia (Santa Maria) por sonegação de documento público e desobediência.
A denúncia do Ministério Público aponta que o delegado teria se negado a instaurar inquérito para apuração de uma denúncia anônima, relativa a um caso de violência sexual contra uma criança e uma adolescente. Na mesma ocorrência, Larizzatti também teria sonegado os documentos.
A audiência de instrução marca o início do processo do delegado. Nessa parte, o depoimento das testemunhas, da defesa e do réu são apresentadas à Justiça. A denúncia do Ministério Público também será avaliada nessa etapa. A sessão começou às 9h na 1; Vara Criminal e Tribunal do Júri de Santa Maria.
A defesa nega que o réu tenha cometido qualquer irregularidade. "Não enxergamos nenhum ilícito praticado por Larizzatti. Estamos confiantes na absolvição", afirma o advogado do delegado, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Brasília, Juliano Costa Couto.
[SAIBAMAIS]Inicialmente, o delegado também teria sido acusado por prevaricação. Segundo o processo, ele teria se ausentado da delegacia em 13 de outubro de 2016 para comparecer à campanha pela presidência da Associação dos Delegados de Polícia (Adepol), quando deveria ter atendido uma mulher, vítima de violência doméstica. No entanto, o magistrado negou a denúncia.