Na área central de Brasília, o movimento é grande desde o ínicio da manhã desta quarta-feira (24/5). Além da paralisação dos rodoviários, que fez muitos brasilienses tirarem o carro da garagem, a capital recebe vários grupos de movimentos sindicais que participarão da chamada Marcha das Centrais, em que são esperadas mais de 10 mil pessoas, segundo a Secretaria de Segurança Pública. De acordo com a pasta, até agora, já são 500 ônibus e 25 mil pessoas na concentração, em frente ao Estádio Nacional.
Nas proximidades do Parque da Cidade, do estádio, da Funarte e do Ginásio Nilson Nelson, a movimentação dos manifestantes é grande. Algumas pessoas começaram a descer para a região da Esplanada. Muitos seguram faixas pedindo a saída do presidente Michel Temer (PMDF) e outros pedem a suspensão das reformas propostas pelo Governo Federal.
Com todas essas interdições nas vias do DF, os brasilienses enfretam trânsito na região do Eixo Monumental. A região próxima ao Mané Garrincha, Torre de TV e Buriti está congestionada, devido ao bloqueio de vias e a chegada de ônibus dos manifestantes. Já em frente ao Buriti, dois carros colidiram e um veículo do Corpo de Bombeiros socorrem as vítimas. Por esse motivo, o sentido Memorial JK também encontra-se congestionado.
Segurança
Para garantir a segurança da população e dos participantes da manifestação popular, as vias S1 e N1 estão fechadas desde a 0h de hoje, entre a Rodoviária do Plano Piloto e a Avenida L4 Sul. Os acessos de ministérios e das vias L2 Sul e Norte à Esplanada também estão bloqueados. Como alternativa, a Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social (SSP/DF) recomenda a circulação pelas vias S2 e N2, localizadas atrás dos ministérios.
O protesto na Praça dos Três Poderes está proibido, diz Secretaria de Segurança. A manifestação estará restrita ao espaço que vai da Catedral à Avenida das Bandeiras, que fica em frente ao Congresso. Portanto, o protocolo determina que o protesto se restrinja à área delimitada pelas partes.
A Secretaria também informou que está proibido os manifestantes levarem hastes de bandeiras, garrafas de vidros, madeiras, entre outros objetos cortantes e/ou perfurantes. As abordagens serão feitas pelas equipes da Polícia Militar (PMDF), especialmente no início dos atos, momento em que os manifestantes estão chegando à Esplanada.
A manifestação será monitorada, em tempo real, pelas câmeras que ficam espalhadas pela área central. As imagens são enviadas para a Central Integrada de Multiagências (CIM), que funciona na sede da SSP e reúne diversas instituições dos governos local e federal. De lá, os órgãos tomam decisões conjuntas para os casos pontuais no decorrer de eventos ou atos populares.
Com informações de Alessandra Modzeleski, Isa Stacciarini, Paula Pires e Thiago Soares.