Deborah Fortuna
postado em 24/05/2017 09:31
O trânsito na EPTG sentido Plano Piloto segue intenso. Nem mesmo a liberação da faixa exclusiva conseguiu aliviar o congestionamento. Apesar da greve, as outras vias das regiões administrativas, como Pistão Sul, seguem um fluxo normal de veículos. As paradas de ônibus que vão para o Plano Piloto ficaram cheias durante a manhã desta quarta-feira (24/5).
Por volta de 9h, os funcionários da empresa Auto Viação Marechal receberam o depósito pendente e decretaram o fim da paralisação. De acordo com o diretor de comunicação do Sindicato dos Rodoviários Marco Junior, os empregados estão voltando aos postos de trabalho. A linha de coletivo atende Guará, Ceilândia Sul e Norte, P Sul, Gama e Samambaia. "A greve será encerrada conforme a liberação do pagamento", afirma.
A categoria pede o equivalente a 40% relativos ao adiantamento do salário de maio e o auxílio-alimentação. A empresa Piracicabana. única que pagou o valor acordado com a categoria, não participou da paralisação. Os funcionários da Urbi, São José e Pioneira ainda aguardam o depósito dos valores para voltar a circular.
Ônibus Piracicabana circulam normalmente na W3 Norte, entretanto, o trânsito está pesado na W3 Sul. Carros piratas param nos pontos de ônibus e oferecem transporte aos passageiros somente para a Rodoviária do Plano Piloto. No Eixinho W Norte, sentido Asa Sul, o congestionamento começa na quadra 105 e vai até a Rodoviária. As tesourinhas também sofrem o impacto do volume de carros.
[SAIBAMAIS]Por causa das manifestações, vários pontos na região central de Brasília foram interditados. Essas medidas também contribuem nos congestionamentos. As vias N1 e S1 da Esplanada dos Ministérios estão bloqueadas desde esta madrugada. Os acessos dos ministérios e das vias L2 Sul e Norte à Esplanada ficarão bloqueados desde a Rodoviária do Plano Piloto até a avenida L4 Sul.
Com a demora, os coletivos que chegam ficam lotados com facilidade. Enquanto isso, os automóveis piratas, tanto as vans como os carros, lucram bastante. Para muitas pessoas que trabalham longe de casa, esse meio de transporte é a solução. Esse é o caso da Lourdes Ximenes, 53 anos. No dia a dia, a doméstica só pega um ônibus do P Sul ao Sudoeste, onde trabalha. Mas hoje, ela optou pelo transporte pirata. Do terminal de Ceilândia ao centro de Taguatinga ela pagou R$ 5. "Eu não sabia da greve porque já tinha tido uma no fim de semana. No sábado eu fui e voltei de Uber e deu R$105", reclama.