A justiça do Distrito Federal concedeu liberdade provisória a um dos suspeitos que foram presos preventivamente em março por guardarem armas em uma loja de ferragens do Guará. No estabelecimento, havia munição, revólveres e pistolas de diversos tipos. A PM classificou o material como "arsenal de guerra".
Proprietário do local, José Aparecido Fernandes, estava preso preventivamente desde 10 de março. Uma das justificativas para a concessão do habeas corpus é de que não a liberdade dele não oferece riscos para a ordem pública. "A prisão preventiva deve ser reservada aos agentes cuja liberdade realmente ameace a ordem pública e a instrução criminal", ressalta a decisão.
A decisão destaca que não houve violência no crime e que José Aparecido é réu primário. "Apesar da grande quantidade de armas e munições apreendidas, o crime não foi praticado com grave ameaça ou violência contra a pessoa." Por isso, segundo a decisão, a liberdade provisória do acusado também não traria ameaças ao andamento do processo.
A justiça decretou o pagamento de fiança.
Relembre o caso
A PM fez a apreensão depois de receber informações coletadas pela Polícia Militar de Goiás, que interrompeu uma tentativa de assalto a uma mineradora em Crixás, município a 388km de Brasília. No Guará, na loja Geral Elétrica JK, os militares do DF encontraram um fuzil M16 calibre 556 Colt, uma escopeta calibre 12, um revólver calibre 22, três revólveres calibre 38, uma pistola calibre 380, além de projéteis de diversos calibres, uma prensa para fabricação de balas e partes avulsas de armas, como canos, coronhas e tambores. Os PMs prenderam, em flagrante, por porte ilegal de armas de fogo, o proprietário do local, José Aparecido, e o irmão dele, Jozivaldo Fernandes Gonçalves. Eles são irmãos de um policial militar. O processo corre em sigilo e não há informações sobre a condição de Jozivaldo.