Reivindicando a rediscussão da política de drogas no país, a Marcha da Maconha reuniu cerca de 500 manifestantes na Esplanada dos Ministérios na tarde deste sábado (6/5), segundo a Polícia Militar. A estimativa dos organizadores do evento, porém, é de que mil pessoas tenham participado do ato.
A concentração começou no Museu Nacional e culminou no gramado do Congresso, onde os participantes se juntaram para imitar o formato de uma folha. O evento ocorreu também paralelamente em várias capitais brasileiras e em outras cidades do mundo.
Apesar de predominantemente jovem, o público contava também com manifestantes de idade avançada. Um bloco tocou marchinhas, com letras temáticas, durante a reunião.
Um dos organizadores do evento, Henrique Rocha explica a intenção do movimento. "A ideia é rediscutir a atual política de drogas do Brasil. Nós também enxergamos as drogas ilícitas (assim como o álcool) como um problema, mas acreditamos que ele deve ser gerido de outra maneira, sair da mão do narcotráfico e passar às mãos do estado", reivindica.
A ideia da marcha, destaca Rocha, é dar destaque a esse debate. "Queremos chamar a atenção da sociedade para a discussão em relação às drogas. A escolha da maconha para promover isso é porque ela é a droga mais consumida e que mais movimenta dinheiro", aponta.
Revistas durante a Marcha da Maconha
No início da concentração, a Polícia Militar revistou manifestantes e realizou algumas apreensões. Três menores de idade e cinco homens foram detidos e levados para a Delegacia da Criança e do Adolescente e para a 5; DP, respectivamente. Apesar de as revistas terem incomodado alguns manifestantes, o clima geral do evento foi de tranquilidade e nenhum incidente mais grave foi registrado.