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Toxicologia está salvando vidas, diz presidente de instituto de tecnologia

Márcio Liberbaum fez a abertura do fórum que avalia um ano da obrigatoriedade do exame toxicológico para motoristas profissionais. Dados do Ministério do Trabalho indicam que o caminhoneiro é o profissional que mais morre no exercício da profissão


O presidente do Instituto de Tecnologias para o Trânsito Seguro (ITTS), Márcio Liberbaum, afirmou nesta quinta-feira (27/4), que a toxicologia está salvando vidas. O especialista fez a abertura do Fórum: Resultados do 1; ano do exame toxcológico para motoristas profissionais, no auditório do Correio Braziliense. Dados da entidade indicam que cerca 50 mil vidas são perdidas, anualmente, em acidentes de trânsito, enquanto dois milhões de veículos se envolvem em acidentes. "A toxicologia trouxe uma revolução no trânsito. Sabemos identificar tecnologias vitoriosas que agregam grande valor à cidadania", disse.

[SAIBAMAIS]Segundo Liberbaum, as novas tecnologias ajudaram a mudar o padrão de verificação de uso de drogas entre os motoristas. Antes, somente era possível a constatação até 72 horas após o uso de entorpecentes. "O americano quebrou um paradigma quando descobriu-se que a enzima do cabelo armazena o histórico da droga, em até três meses. Com 90 dias conseguimos saber o comportamento dos usuários e verificar como eles agem e o que usam", explicou.

O presidente do ITTS disse ainda que dados do Ministério do Trabalho indicam que o caminhoneiro é o profissional que mais morre no exercício da profissão. A entidade, afirmou, trabalha com uma tabela internacional que mostra o índice de picogramas que pode inabilitar para o trabalho dos motoristas. "O exame vai dizer se o sujeito está dependendo daquele componente para sobreviver. E como as drogas causam dependência de forma rápida, se ele não está usando, pode estar em abstinência e estar inabilitado para o serviço. O ministério do trabalho mostra que o caminhoneiro é o profissional que mais morre no exercício da profissão. O policial morre muito, mas os motoristas profissionais morrem mais."