Jornal Correio Braziliense

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Funcionários de empresas de vigilância e segurança entram em greve

A paralisação deve prejudicar as atividades de segurança em escolas, hospitais, tribunais, bancos, órgãos do GDF e do governo federal e empresas privadas


Reunidos em assembleia na noite desta terça-feira (18/4), funcionários de empresas de segurança e de vigilância que prestam serviço a diversos órgãos públicos e a empresas privadas do Distrito Federal decidiram deflagar greve por tempo indeterminado. Segundo o Sindicato dos Empregados em Empresas de Segurança e Vigilância do Distrito Federal (Sindevs), cerca de 8 mil trabalhadores participaram. Eles se reuniram próximo ao Conic.

A categoria reivindica um acordo amigável com o sindicato patronal para a assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) para o período de 2017. De acordo com o sindicato, serão cerca de 20 mil trabalhadores paralisados. A principal exigência da categoria é o mantimento da cláusula que proíbe o vigilante horista - funcionário que recebe mensalmente o valor determinado pelo valor-hora - na CCT. Na avaliação do sindicato, a criação do vigilante horista compremete o piso salarial e precariza a categoria. A assembleia ocorreu às 19h30 desta terça-feira. Atividades de segurança em escolas, hospitais, tribunais, bancos, órgãos do GDF e do governo federal, além de empresas privadas serão prejudicadas.
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O Sindicato das Empresas de Segurança Privada, Sistemas de Segurança Eletrônica, Cursos de Formação e Transporte de Valores no Distrito Federal (Sindesp), alega não entender a reivindicação dos empregados. "Os salários e benefícios estão todos em dia. Não há motivo para entrar em greve", alega o presidente do sindicato, Irenaldo Lima. Ele explica que a escala dos vigilantes é de 12 horas por 36 horas, incluindo uma hora de descanso, em respeito ao artigo 71 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Nesse intervalo, as empresas querem implementar o profissional de regime parcial. Que seria uma pessoa para cobrir esse horário e receber por hora trabalhada. Esse profissional cumpriria, no máximo, 4 horas por dia e 25 horas semanais. ;Vamos gerar, aproximadamente, mais de 2 mil vagas de emprego e eles não gostaram da ideia. Estão com medo, mas esses funcionários parciais não têm direito a férias, atestado e faltas", afirma. O presidente acrescentou que tentará negociar com as empresas para que não ocorram demissões durante a paralisação.