O pequeno João Miguel Serra, de apenas um mês, foi bravo, e lutou como um guerreiro contra uma cardiopatia congênita. No entanto, as complicações da patologia, que comprometia a liberação do sangue pelo ventrículo direito foram fatais para o bebê. João morreu nesta sexta-feira (14/3), após dar entrada na quarta-feira (12/4) no Instituto de Cardiologia do DF (ICDF). "Não houve erro médico. Os próprios médicos estavam se perguntando como ele ainda estava vivo", disse o pai da criança, o auxiliar de cozinha Claudinei Serra, 27 anos.
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A luta de João foi acompanhada pelo Correio. O coração dele não estava formado e seria necessária uma cirurgia. Por conta do problema, o corpo do bebê não conseguiria se adaptar por muito tempo com o problema de saúde, e, provavelmente, não aguentaria até os três meses de vida. Após uma bateria de exames realizada na chegada ao ICDF, os médicos constataram que ele precisava fazer uma cirurgia de emergência. "Ele estava com muita pressão no pulmão, e foi necessário o procedimento para fazer essa correção", explicou Claudinei.
O processo cirúrgico não foi simples. "Foram quase sete horas de cirurgia", afirmou Claudinei. "E os médicos avisaram que as primeiras 48h seriam muito críticas", acrescentou. E foram. O corpo de João não reagiu bem ao procedimento e ele teve duas paradas cardíacas. Uma, às 4h de hoje. Após os médicos reanimarem, ele teve outra, às 5h17, mas não aguentou.
A perda é dolorosa, mas Claudinei e a família estão se amparando na religião para superar a dor. "Minha mulher e eu estamos arrasados. Como pai de primeiro filho, fico me perguntando, mas a gente não pode questionar Deus. O João ainda precisaria fazer outras duas cirurgias no coração. Mas Deus quis evitar o sofrimento dele", disse.