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Cidades

PMs que filmaram casal seminu dentro de carro têm conduta investigada

Vídeo divulgado em redes sociais mostra casal seminu dormindo em um carro durante abordagem policial. Segundo defensor público, o estado pode ser processado pela conduta dos PMs

A conduta de policiais é investigada pela Corregedoria da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) após a divulgação de um vídeo na internet, feito durante a abordagem de um casal dormindo no carro em uma rodovia da cidade. As imagens, que circulam nas redes sociais desde o início da semana, mostram um homem e uma mulher seminus no veículo, que estava com os vidros abertos. Segundo a Defensoria Pública do DF, o agente responsável pelas imagens pode responder administrativamente e criminalmente, além de perder a função.

No vídeo, de quase dois minutos de duração, o policial chega a colocar o celular dentro do carro para gravar o casal mais de perto e ainda narra a situação. "Estamos aqui no bosque. O carro parou no meio da via. É essa a situação. Vamos acordar as crianças", fala. É possível ver ainda um segundo policial e a viatura da PM atrás do carro.

O mesmo policial que faz as imagens abre uma das portas do veículo. Partes íntimas da mulher, que está desacordada, aparecem no vídeo. "Pessoal, vamos acordar aí. Parou o carro no meio da via. Moça! Vamos levantar ai gente. Bora, levanta aí", repete. O casal acorda em seguida, a mulher veste uma peça íntima e o só então o policial fecha a porta. Veja o vídeo:

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As imagens foram compartilhadas nas redes sociais e exibem os rostos do homem e da mulher. Em uma delas, o vídeo já tinha mais de 30 mil visualizações. Alguns internautas manifestaram revolta com a atitude do policial. "PM deu mole, filmar a moça nua e jogar o vídeo na web. Vai levar um processo [SIC]", comenta um deles. "Também acho um absurdo a polícia expor o casal assim. Um erro não justifica o outro", reclama outro.

Difamação e injúria

Em nota, a Polícia Militar afirma que os policiais envolvidos já foram ouvidos pela Corregedoria e um procedimento apuratório foi aberto. De acordo com o defensor público Stefano Borges, da área de Fazenda Pública, o casal pode mover um processo contra o Distrito Federal e pedir indenização pelos crimes de difamação ou injúria, já que, durante o trabalho, o agente é considerado um representante do estado. "O estado, nesse caso, responde pelo crime cometidos pelos agentes", explica.

Stefano Borges ressalta que o agente também pode responder criminal e administrativamente, e até ser exonerado da função. "Caso haja pagamento de indenização e o agente seja responsabilizado em um processo disciplinar na Corregedoria, ele [o policial] terá ainda que ressarcir o estado no valor da indenização", avalia.