Após 32 dias de racionamento no Distrito Federal, o GDF abriu, nesta sexta-feira (31/3), um pregão eletrônico para captação de água no Lago Paranoá. Com a obra, o sistema do Descoberto vai receber reforço de 700 litros por segundo. Após tratamento, a água irá para dois reservatórios: um no Lago Norte e um no Paranoá. O valor estimado da concorrência pública é de cerca de R$ 50 milhões, liberados pelo Ministério da Integração Nacional e deve ser executada em 240 dias, em caráter emergencial.
Os locais abastecidos pelo subsistema serão Asa Norte, Itapoã, Lago Norte, Paranoá, parte de Sobradinho 2 e Taquari. Atualmente, o fornecimento para essas regiões é feito pelo Sistema Torto/Santa Maria. Já a água do sistema Torto/Santa Maria, que ia para o Lago Norte e o Paranoá, passa a seguir para outros dois reservatórios - um no Parque da Cidade e outro no Cruzeiro.
Esse bombeamento irá atender Águas Claras - zona média e zona baixa -, Candangolândia, Colônia Agrícola Águas Claras, Guará I e II, Lúcio Costa, Núcleo Bandeirante e Setor de Mansões Park Way Quadras 1 a 5. Hoje, essas regiões são abastecidas pelo Sistema Produtor do Descoberto.
A estrutura de bombeamento será construída na MI 4, no Setor de Mansões do Lago Norte e captará água no braço do Torto, no Lago Paranoá. Trata-se de uma estação de tratamento de água compacta, com membranas de ultrafiltração, uma das mais modernas tecnologias para tratar água.
Outras obras
Além das obras do Bananal e as de captação emergencial do Lago Paranoá, a Caesb tem ainda um projeto, já licitado, para captar, armazenar, tratar e distribuir água de forma definitiva no Lago Paranoá. As obras aguardam a liberação de recursos federais (cerca de R$ 480 milhões).
Pelos próximos 40 anos, serão atendidas 600 mil pessoas no Paranoá, no Lago Oeste, no Tororó, nos Condomínios Jardim ABC, Jardim Botânico e Alphaville e em Sobradinho.
Outro empreendimento em curso é o Sistema Produtor Corumbá 4, próximo a Luziânia (GO). Em parceria com o governo de Goiás, a construção, orçada em cerca de R$ 540 milhões, deve abastecer 1,3 milhão de pessoas nas duas unidades federativas.
As intervenções sob responsabilidade de Goiás, porém, estão interrompidas após recomendação do Ministério Público Federal, que investiga ilícitos em contratos e licitações da estatal goiana.
Com informações da Agência Brasília