Cidades

STF autoriza prosseguimento de inquérito contra Rosso e Liliane Roriz

Os dois são investigados por compra de votos e peculato. O crime teria sido cometido em 2010, quando Liliane era candidata à deputada distrital e Rosso era governador do Distrito Federal

Alessandra Modzeleski - Especial para o Correio
postado em 28/03/2017 15:04
Os dois são investigados por compra de votos e peculato. O crime teria sido cometido em 2010, quando Liliane era candidata à deputada distrital e Rosso era governador do Distrito Federal
O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou o prosseguimento de inquérito para apurar se o deputado federal Rogério Rosso (PSD-DF) atuou em suposto esquema de compra de votos para beneficiar a deputada distrital Liliane Roriz (PTB), então candidata em 2010. Os dois são investigados por compra de votos e peculato.

O inquérito foi instaurado pela Polícia Federal do Distrito Federal, tendo em vista que servidores nomeados por Rogério Rosso, à época governador do Distrito Federal, estariam a serviço da campanha da então candidata Liliane Roriz. Eles prestavam serviços no comitê eleitoral. Isso consistiu em troca de votos em favor da distrital.
Os dois são investigados por compra de votos e peculato. O crime teria sido cometido em 2010, quando Liliane era candidata à deputada distrital e Rosso era governador do Distrito Federal

Em junho de 2016, o Tribunal Regional Eleitoral do DF declinou da sua competência para o STF, uma vez que o deputado Rogério Rosso dispõe de foro privilegiado. O inquérito foi recebido pelo STF e a ministra Cármen Lúcia, relatora do caso à época, determinou que o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, se manifestasse sobre as acusações.

De acordo com o PGR, houve crime de peculato e compra de votos. O procurador autorizou a identificação dos administradores regionais de Brasília e Samambaia no ano de 2010, bem como o depoimento deles e dos administradores do Paranoá e Santa Maria, para que todos esclareçam funções, presença e controle de frequência dos servidores nomeados. O ministro autorizou a coleta das provas.

Em nota, a assessoria de imprensa de Liliane Roriz disse que "investigar é sempre razoável em situações assemelhadas", mas que a distrital "jamais pediu ou recebeu qualquer dádiva do então governador Rogério Rosso e, ademais,se desconhece que algum servidor público de quaisquer órgãos do GDF tenha deixado de cumprir o horário de expediente para fazer campana eleitoral".

A assessoria do deputado federal Rogério Rosso alegou, em nota, que o parlamentar não foi candidato nas eleições daquele ano, "portanto, não lhe pode ser imputada suposta prática de qualquer infração eleitoral". Diz, ainda, que Rosso "sempre agiu de acordo com a legislação e pauta sua ações e conduta por princípios éticos e constitucionais".

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