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Em meio à crise hídrica, MP constata que lava a jatos contaminam Lago

Promotoria quer regulamentar serviço para diminuir os danos ambientais e otimizar as ações da Agefis

Perícia realizada pelo Ministério Público Distrito Federal constatou que resíduos de lavagem de carros estão sendo lançados diretamente nos estacionamentos e caindo na rede pública de drenagem pluvial. Dessa forma, sabão, óleo, graxa, areia e outros produtos acabam chegando irregularmente ao Lago Paranoá. Tudo em meio à maior crise hídrica da capital da República.
A situação é mais preocupante porque o Paranoá é aposta do governo local para abastecer parte do DF durante o período de seca, que começa no próximo mês. Com os dois principais reservatórios (Descoberto e Santa Maria) com menos da metade de água, ao fim do período de chuvas, o GDF pediu autorização ao Governo Federal para captar água do Paranoá. O Ministério do Meio-Ambiente deu a autorização na semana passada.
Regulamentação
[SAIBAMAIS]A Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente e Patrimônio Cultural (Prodema) sugere a regulam,entação da atividade de lavagem de veículos do Distrito Federal. A recomendação foi enviada ao Instituto Brasília Ambiental (Ibram), nesta quinta-feira (23/3). O objetivo é reduzir os danos ambientais causados pelo serviço e melhorar as ações realizadas pela Agência de Fiscalização do DF (Agefis). O órgão tem, no máximo, 60 dias para elaborar a instrução normativa.
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O Ibram já publicou uma norma que regulamenta a utilização do sistema separador de água e óleo para postos de abastecimento e instalações de sistemas retalhistas. No entanto, a atividade de lavagem de carros não foi contemplada.
Com informações do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT)