Apesar de já ter se apaixonado pelos mangás e animes, Yasmin não tinha a pretensão de trabalhar com isso. Era apenas um hobby. Porém, por ter afinidade com a área, começou a cursar arquitetura, já no Brasil. Apesar das referências, não demorou muito para se sentir frustrada. Definitivamente não era aquilo o que ela queria. ;Depois de um ano tranquei a faculdade e fui fazer faculdade de moda, na Universidade de Tuituti, no Paraná;, detalha ela. A jovem artista chegou a se formar na área, mas nunca atuou diretamente no meio fashionista.
Em Curitiba conheceu seu maior fã: Ricardo Marinho. Jovens, começaram a namorar e o rapaz foi transferido para Brasília. Pouco tempo depois, após a formatura, Yasmin também desembarcou em terras candangas. Aqui, como grande partes dos brasilienses, começou a estudar para concurso e só em 2015, passou a fazer o que realmente gostava. ;Minha mãe me deu a ideia de fazer um cartão de Natal e eu gostei. Deu certo;, relembra a jovem. "Ela tem um traço delicado e acabou desenvolvendo esse lirismo, que as pessoas acabam se identificando", detalha o marido, Ricardo.
Ainda hoje, não se considera expert. Pratica aquarela e outras formas de pinturas, mas segue em busca de aprender mais. "Ano passado fiz um curso on-line e continuo fazendo outros. Me aprimorando". Atualmente, cria personagens com presença marcante. Com identidade mesmo. Mas evita batizá-los. "Têm uma arte minha que é uma moça com cabelo vermelhão. As pessoas gostam muito dela. Criei sem pretensão e, hoje em dia, é uma das minhas prediletas", diz.
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Yasmin assume ser apaixonada por pincéis e lápis de desenhar, mas, diante da revolução digital, assume ter interesse em buscar conhecimento na área de arte digital. ;Pegar no papel, no lápis e pincel, só quem faz entende. São detalhes únicos;, derrete-se.
Loja Virtual
Hoje, Yasmin tem uma loja digital, para onde produz artes personalizadas de clientes. Retratos de família, casais, animais de estimação. Tem de tudo. E as vendas, segundo, ela, vão muito bem, obrigada. Para 2017, tem um projeto de vender as obras de arte internacionalmente. ;Uma coisa que eu quero muito é fazer uma publicação independente. Meu marido está com a ideia de escrever e eu ilustrar. Também tenho interesse de participar da Comic Con Experience, em São Paulo. Quero levar arte pro mundo inteiro;, conta Yasmin.
Que nem só de glamour vive o artista brasileiro, isso não é novidade. Ser freelancer tem seu lado positivo. Trabalhar de casa, montar suas próprias rotinas, não ter chefe. Até aí tudo bem. Mas quando a questão é não ter um salário fixo no final do mês, o sapato aperta. Por isso mesmo, é preciso manter-se antenado, nas inovações do mercado, apesar de Brasília não ser um polo muito rico no setor. ;Não há muito locais por aqui que oferecem cursos. São poucos. Mas os que fiz gostei bastante;, conta.
Apesar das dificuldades, a vida de Yasmin se dividiu em antes e depois da ilustração. ;Eu me desenvolvi em várias áreas, fiz muitos amigos, melhorei muito minha timidez, tenho um canal no YouTube e às vezes posto vídeos. Estou até fazendo uma entrevista (risos). São coisas que, antes, não imaginava fazer. Me tornei mais feliz quando descobri que eu poderia trabalhar e viver disso;, finaliza Yasmin, com os olhos cheios de orgulho. E a alma cheia de cor.
SERVIÇO
Instagram: @yashassegawa
Loja virtual: http://www.yashassegawa.iluria.com/