A instrumentista foi uma das três investigadas que tiveram a delação premiada homologada. Na ocasião, ela detalhou que os médicos que participavam do esquema recebiam propina que varia de 15% a 30% sobre o valor dos produtos vendidos. Em depoimento ao TJDFT hoje, ela detalhou que participou de diversos procedimentos em que foram feitas as trocas de produtos. "Falava-se que usaria tal broca para o plano de saúde, mas, na verdade, se usava outra. Creio eu, para faturar mais", disse.
[SAIBAMAIS]Também será ouvida hoje Naura Rejane Pinheiro da Silva, que chegou a ser mantida presa preventivamente por manter diálogos com funcionários da empresa. Ela foi a única entre as funcionárias que não aceitou o acordo de delação.
Mister Hyde
A Operação Mister Hyder desmontou uma organização criminosa que, segundo a denúncia do MPDFT, contava com o apoio de sete médicos. A suspeita é de que os profissionais de sáude envolvidos identificavam pacientes cujos históricos viabilizavam a sugestão de cirurgias com órteses e próteses. Também são acusados de usar material de baixa qualidade nos procedimentos e cobrar o valor de produtos superiores.