Dois anos de angústia e dor. Essa foi a rotina do adolescente Talison Cunha Guimarães, 17 anos, durante o período em que tentou atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O jovem sentia fortes dores na região genital, tendo duas crises graves. A mãe, Cirlene Arara da Cunha, 46, peregrinou com o filho por várias casas de saúde.
Atendida inicialmente em Palmital, Minas Gerais, cidade onde a família de agricultores mora, o sistema médico-hospitalar da rede pública local não realizou os exames e encaminhou o adolescente para o Hospital Regional de Planaltina (HRP), no Distrito Federal. Em Brasília, o HRT não resolveu o problema do rapaz. Em busca de alternativas, a mãe de Talison soube, por um técnico de enfermagem da sua cidade, da existência da clínica popular Acesso Saúde em Taguatinga.
Segundo ela, a prefeitura de Palmital disponibilizou um carro da Secretaria de Saúde para levá-los à clínica no dia do exame ; um doppler testicular ; e ser atendido pelo médico especialista. Na clínica popular, a família do rapaz gastou R$ 255. Se fosse feito em uma clínica tradicional, o custo do exame seria de, em média, R$ 450, fora a consulta médica com o especialista, no caso de Talison, um urologista. A história de Talison teve um final feliz. O especialista fez o diagnóstico e, segundo a mãe do rapaz, a inflamação já está controlada e o adolescente, liberado para voltar para casa em Minas Gerais, que fica a três horas de Brasília.
Diante da carência de hospitais públicos e dos custos elevados para tratamento em unidades privadas para quem não tem plano de saúde, como é o caso da família de Talison, muitas pessoas estão migrando para as clínicas populares, que oferecem preços mais acessíveis para a realização de consultas e exames.
Solução
Com a precarização do atendimento oferecido pelo SUS, aliada ao aumento do desemprego no país que levou mais de 2,5 milhões de brasileiros a perder a cobertura de planos de saúde nos últimos dois anos, as clínicas populares passaram a ser uma solução de atendimento médico para muita gente.
Moradora de Taguatinga, a professora aposentada Lázara Almeida Barbosa, 63, não tem plano de saúde há dois anos. ;A mensalidade ficou inviável para a minha situação econômica. Foi aumentando até chegar a R$ 1,6 mil. Por isso, decidi cortar esse custo. Mas tenho problemas de tireoide e preciso fazer exames a cada seis meses. Estava gastando demais em clínicas tradicionais. Daí, uma amiga me falou desse sistema popular. Se eu fizesse ecografia, na clínica anterior, pagaria R$ 130. Agora, pago R$ 75.; Pelo preço justo e qualidade no atendimento, a professora aposentada disse que ;as clínicas populares estão facilitando a vida de todos nós;.
Aposentado pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE) como assistente de chancelaria, que chegou a ocupar o posto de vice-cônsul de Praga (República Checa), no ano de 2011, José Carlos da Silva, 67, disse que já procurou os serviços de uma clínica popular duas vezes. ;Até o momento, está dando tudo certo e, espero que continue assim,; declarou.
José Carlos contou que tem seguro-saúde o que lhe garante um reembolso de até 80% do total gasto de uma consulta ou exame. Mas como os custos estão muito altos, a opção da clínica popular lhe deu uma margem de economia de 100%. ;Tive de fazer exames que, se fossem em um laboratório tradicional, gastaria cerca de R$ 600. Na clínica popular, custou apenas R$ 60; informou.
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