Três pessoas foram denunciadas à Justiça pelo vazamento de óleo do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), em 2012, que causou a morte de peixes e aves no Lago Paranoá. A ação é da Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente e Patrimônio Cultura (Prodema) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). O caso aconteceu em junho daquele ano, após uma forte chuva que transportou o produto químico para o lago.
Os suspeitos foram denunciados pelos crimes de poluição hídrica e dano a unidade de conservação, nesse caso, a Área de Proteção Ambiental (APA) do Lago Paranoá. O Ministério Público também pede o pagamento de R$ 1.258.925,40, correspondente ao valor da restauração ambiental da área.
Os denunciados são um operador de caldeira, um supervisor e um sócio-proprietário de uma empresa responsável pela operação e manutenção do sistema de geração e distribuição de água quente do Hran.
Negligência
De acordo com o MPDFT, o operador foi denunciando porque não avisou a empresa sobre o fato de as caldeiras estarem apresentado defeito. Por isso, houve o extravasamento de óleo. O sócio-proprietário responsável pela operação e manutenção do sistema também foi acusado, pois, embora tivesse conhecimento como profissional técnico do problema, não tomou providências para corrigir as irregularidades.
[SAIBAMAIS]Já o supervisor foi responsabilizado porque, na visão do MPDFT, tinha conhecimento do mau funcionamento da boia que controlava o nível do óleo no reservatório e não providenciou a resolução do problema. Além disso, ele ordenou que os resíduos do combustível fossem estocados em caixas de papelão nas proximidades da caixa separadora de água e óleo.
Com informações do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios