Neste ano, o público estimado pela Secretaria de Segurança Pública e da Paz Social (SSP-DF) foi de 180 mil pessoas no domingo e 170 mil no último dia do carnaval. Durante coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira (1;/3), a secretária Márcia de Alencar afirmou, sem sugerir um local, que vai propor a mudança do bloco para uma região mais segura e que facilite o trânsito das forças de segurança entre os foliões. A SSP realizará audiências públicas com a sociedade e com os presidentes dos blocos para escolher outro lugar para a festa do Raparigueiros e do Baratona.
Márcia também destacou que o bloco Babydoll de Nylon reuniu 160 mil pessoas e que não registrou nenhum caso de violência. Para ela, as características do Eixo Monumental, onde se concentrou o Babydoll, fazem da via um "sambódromo natural". A secretária disse ainda que o efetivo de policiais militares que fez a segurança do local foi suficiente.
Protegidos pelo anonimato da multidão, algumas pessoas aproveitaram para praticar crimes e atos de violência no aglomeração de foliões no Eixão Sul na última terça-feira. O caso mais recente, registrado em imagens pelo repórter fotográfico do Correio Minervino Júnior, mostra um jovem de 18 anos atacando um folião com uma faca. O rapaz chegou a ser preso, mas vai responder em liberdade.
O presidente da Raparigueiros, Wellinton Santana, detalhou que diversas audiências públicas já foram realizadas para discutir os locais dos blocos. "Não adianta mudar de local. Na terça-feira, o Eixão ficou tomado com mais de 200 mil pessoas. Um público grande para uma baixo efetivo de policiais que foram escalados por falta de planejamento", reclamou.
O presidente do Baratona, Paulo Henrique de Oliveira, disse que, independentemente do local, quem não tem espírito de carnaval e quer fazer confusão, fará da mesma maneira. "Tivemos um ano que o governo transferiu as festividades para o Autódromo, o carnaval de rua quase morreu com isso. Tudo que é pedido para a organização para minimizar os efeitos dos blocos no Eixão é feito. Vamos procurar nossos direitos caso, de fato, o governo proponha essa mudança."
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