O advogado que entrou com droga escondida no Complexo Penitenciário da Papuda ficará mais tempo preso. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) converteu a prisão em flagrante para preventiva. Nesse caso, o detido fica recluso sem data para sair. A decisão foi tomada pelo juiz do Núcleo de Audiências de Custódia nesta quinta-feira (9/2). O advogado responderá por tráfico de drogas.
[SAIBAMAIS]Na decisão, o magistrado entendeu que não há nenhuma irregularidade para revogar a prisão do homem. O juiz contou que ;ele se valeria da condição de advogado para ingressar com drogas, não passando pelo scanner corporal, submetendo-se apenas a aparelho detector de metais, que não capta entorpecentes;. Além disso, reforçou a "inegável gravidade concreta à conduta, especialmente quando se constata que o entorpecente seria inserido no sistema prisional".
A prisão do advogado aconteceu no início da noite de terça-feira (7/2). Segundo agentes de atividades penitenciárias, o defensor tinha ido visitar um cliente. O volume no bolso, no entanto, chamou a atenção dos servidores. Eles seguiram o homem e flagraram o momento em que o profissional jogou o entorpecente para uma sala que fica ao lado da reservada aos advogados.
Um dos agentes, que preferiu não ser identificado, contou que advogados só passam pelo detector de metal. O aparelho, no entanto, não tem capacidade para reconhecer drogas. ;Percebemos que ele estava com um volume muito grande no bolso e o seguimos. Ficamos observando até o momento em que ele entrou e jogou a droga para a sala ao lado. Aparentemente é maconha e pesa em torno de 300 a 400 gramas;, contou. O juiz, no entanto, confirmou que eram 200 gramas de maconha.