As tradicionais costuras políticas dos deputados distritais nos bastidores deixarão as definições da composição das comissões permanentes da Câmara Legislativa para a última hora. Nesta terça-feira, às 15h, a Casa receberá as indicações oficiais dos blocos parlamentares e inicia as votações para a presidência dos colegiados. Segundo as projeções, entretanto, a linha de frente das comissões tradicionais do Legislativo local deve ficar nas mãos do bloco União por Brasília, apoiado pelo governador Rodrigo Rollemberg (PSB).
Leia mais notícia em Cidades
Leia mais notícia em Cidades
Apesar do compromisso firmado entre os 13 integrantes do referido grupo e o chefe do Palácio do Buriti, nos corredores da Casa, outras hipóteses são consideradas. Uma delas é a de Sandra Faraj (SD) romper o acordo e integrar um novo ;blocão;, que seria formado pelos parlamentares da oposição, liderados por Celina Leão (PPS), e do bloco Sustentabilidade e Trabalho (PDT e Rede), assim como na eleição da Mesa Diretora. O placar de 12 x 12 causaria uma reviravolta nas estimativas governistas.
Em contrapartida, se o discurso dos distritais permanecer coeso, o União por Brasília colocará a Comissão de Economia, Orçamento e Finanças (Ceof) sob o comando de Agaciel Maia (PR) e o colegiado de Assuntos Fundiários (CAF) ficará nas mãos de Telma Rufino (Pros). Além disso, em razão de um acordo firmado com o bloco Sustentabilidade e Trabalho, Reginaldo Veras (PDT) presidiria a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e Wasny de Roure (PT) seria o líder do segmento de Educação, Saúde e Cultura (Cesc).
Embate
Ao Correio, logo após a tumultuada eleição da cúpula da Casa, em dezembro de 2016, os distritais destacaram a importância da equidade no momento de composição das comissões. Dois meses depois, o racha visto à época na Câmara pode voltar a acontecer. A investida de Rodrigo Rollemberg (PSB) nas negociações é um dos pontos que causam desconforto no Legislativo local.