"O público aumentou, mas o legal é que quem vem entende que a nossa discussão. Entende que levantamos algumas bandeiras. Somos um bloco contra a intolerância religiosa, homofobia, sexismo e machismo. Este ano, nosso lema é ;somos todas virgens;", explica Wagner Lucena, um dos organizadores da festa. Ele conta que o Virgens pretende retomar o sentido original da palavra, que faria referência a uma mulher completa, livre, que não precisa de ninguém que a controle.
Para o pedagogo Erivan Hilario, 32 anos, que na festa se apresenta como Ruth Venceremos, o carnaval é um momento ideal para desconstruir algumas concepções. "Vivemos uma época de ódio generealizado e nessa hora de alegria geral acho interessante discutir com bom humor", afirma. Para o vendedor Caio Fulgencio, 23 anos, que foi ao Virgens pela primeira vez, são justamente as bandeiras do bloco que o tornam um espaço para que cada um se expresse como quiser. "E não só o pessoal LGBT, é uma festa para todo mundo se sentir bem."