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;Deus, com certeza, não quer essa marca dentro dele. O Luís Guilherme terá as marcas das mãos de Deus, de um milagre, mas não a marca de um malfeitor dentro dele. Creio que Deus já operou um milagre, já salvou a vida dele. Mas Deus opera seus milagres de uma forma completa, e não pela metade. Faltava retirar a bala, e agora chegou a hora. Pedimos orações;, declarou Paula Caxia.
Luís Guilherme ficou 25 dias internado e teve alta do Hospital Santa Helena, na Asa Norte, em 30 de janeiro. Porém, cerca de 24 horas depois, começou a se queixar de dores e cansaço. Por isso, teve que voltar à unidade. Ele passou por uma bateria de testes e exames para avaliar a necessidade de uma nova cirurgia para retirar a bala alojada no pulmão da criança.
Essa será a segunda vez que o garoto será submetido à cirurgia para retirada da bala. Há um mês, Luís Guilherme passou por um procedimento de mais de oito horas, entretanto, a equipe médica não conseguiu retirar o projétil na ocasião.
O crime
Luís Guilherme estava hospitalizado desde 6 de janeiro, quando levou um tiro do policial civil Sílvio Moreira Rosa. Ele disparou três vezes contra o carro em que o menino estava com os pais, na altura do Km 35 da BR-070, no município de Cocalzinho (GO), por não gostar de ter sido ultrapassado na rodovia. A bala entrou nas costas do menino, do lado esquerdo, quebrou duas costelas, machucou o pulmão esquerdo, entrou no coração e ficou alojada no pulmão direito.
Após atirar contra a família, o agente fugiu em direção a Águas Lindas (GO), mas acabou preso em seguida. Ele alegou que atirou porque acreditava se tratar de um assalto. Ele está na Divisão Estadual de Investigações de Homicídios, em Goiânia, e responderá por tripla tentativa de homicídio.