Jornal Correio Braziliense

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Estudantes indígenas falam sobre etnias em projeto do GDF

O projeto acontece no Memorial dos Povos Indígenas. Os adolescentes se dividem entre os turnos matutino e vespertino e podem participar do Programa Brasília %2b Jovem Candango por até um ano e quatro meses

Estudantes indígenas têm a oportunidade de divulgar a cultura de suas etnias no Memorial dos Povos Indígenas, no Eixo Monumental. Desde 4 de janeiro, oito jovens atuam na área administrativa do museu e no atendimento ao público, por meio do Programa Brasília %2b Jovem Candango.

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;A proposta é mostrar quem são os índios do ponto de vista deles mesmos. São eles falando sobre eles;, explica o diretor do memorial, Álvaro Tukano. Os adolescentes se dividem entre os turnos matutino e vespertino e podem participar do programa por até um ano e quatro meses. Antes de começar no memorial, o grupo teve 20 dias de treinamento.

O contato com o público é ainda uma forma de ajudar a vencer a timidez, avalia Tukano. ;Assim, eles podem dialogar sobre a questão indígena e entender como funciona o mundo branco.; Ao falar sobre sua etnia, Iraelson Lopes Guajajara, de 17 anos, se torna desenvolto. ;Sou tímido, mas quando é para falar, eu falo. É normal a pessoa não saber sobre a cultura, então eu explico;, garante.

A experiência tem sido uma boa oportunidade para Lezenita Lopes Guajajara, também de 17 anos. ;Procuro pesquisar sobre as outras culturas e descubro muitas coisas. Além disso, é uma honra poder falar sobre o meu povo;, conta a aluna do Centro de Ensino Fundamental 7, na Asa Norte.

O atendimento aos visitantes proporciona troca de informações sobre outras nacionalidades, como explica o estudante Yassury Suira, de 18 anos. ;Aqui, conhecemos pessoas de diversos países, e elas nos passam conhecimento.; O rapaz, da etnia Kariri-Xocó, destaca que um dos tópicos abordados na visitação guiada é o próprio espaço cultural: ;Explicamos que ele é uma obra de arte;.

Com informações da Agência Brasília.