A polêmica em torno do reajuste, no entanto, continua. Na última quarta-feira (25), foi ajuizada uma ação popular contrária à decisão dos desembargadores e, consequentemente, ao aumento da tarifa. O pedido de tutela antecipada é de representantes de entidades sociais e de partidos políticos.
O documento é assinado por integrantes do Raiz Movimento Cidadanista, do Brigadas Populares, do Sindicato dos Economistas, da Juventude do PDT, além do PSol. Caso a Justiça acate o pedido de suspensão dos aumentos, o mérito do processo seria analisado apenas após a concessão da liminar. O texto argumenta que o Palácio do Buriti não cumpriu a diretriz de fixar o valor dos bilhetes.
Passageiros reclamam
Bárbara Martins, 18 anos, é moradora do Guará e usa o transporte público para ir até a faculdade, na Asa Norte. Ela acredita que o preço não condiz com a qualidade do serviço oferecido. "Eu tenho que pagar R$ 8 para ir e voltar e não tenho qualidade na hora de usar o serviço. Os ônibus são cheios, demoram a passar e, às vezes, a estrutura do ônibus é péssima", lamenta.
A estudante ressalta também que o aumento das passagens prejudica os serviços prestados na casa dela. "Lá em casa, temos uma diarista que mora em Samambaia, e é a minha mãe que paga a passagem dela. Sai muto caro", finaliza. Já o estudante Vinicius Di Luna, 21, também reclama do aumento. "A gente sabe que o aumento não vai ser usado para melhorar a qualidade do transporte" afirma.