Especialistas avaliaram como corretas as medidas do comandante do voo G3 2020, que retornou ao Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek após problemas no trem de pouso da aeronave na madrugada deste domingo (22). O Boeing 737 da Gol decolou às 23h05 de domingo com destino à Boa Vista (RR). O piloto pediu para retornar 10 minutos depois, mas sobrevoou a região por cerca de duas horas e meia, para gastar combustível e pousar dentro do limite de peso máximo para a operação e com o mínimo de risco de explosão.
Leia mais notícias em Cidades
[SAIBAMAIS]Os passageiros embarcaram em um voo extra, às 13h10 des ontem, e chegaram com segurança em Boa Vista. Comandante e vice-presidente de operação da Gol, Sérgio Quito explica que o peso máximo de decolagem do 737 é de 65.649kg e, para pouso, é de 58.059kg, sendo que a aeronave gasta, aproximadamente, 2 mil quilos para levantar voo. ;Quando ele percebeu que o trem de pouso não tinha sido recolhido, ele ainda precisava perder algo em torno de 5.590kg;, detalha.
Se fosse necessário, o piloto poderia recolher manualmente o trem de pouso, ou aterrissar um pouco acima do peso máximo. Mas, conforme a cartilha de segurança da aviação civil, esses procedimentos só devem ser adotados em uma situação de emergência. ;Nesse caso, embora o equipamento estivesse acionado, o avião estava voando normalmente. O ideal, era manter a situação como estava. Foi um procedimento muito mais administrativo e preventivo;, explica Quito.
Piloto privado e mestre em meteorologista, Ivan Bitar concorda que o procedimento foi correto. Ele lembra que, além do risco do sobrepeso, o comandante não poderia arriscar uma faísca, um curto-circuito ou um princípio de incêndio em um pouso com a aeronave abastecida. ;É melhor que o combustível seja eliminado, caso o trem de pouso apresente defeito e a aeronave precise pousar, por conta do risco de explosão. Se for um problema elétrico, pode ter um princípio de incêndio, por exemplo;, assegura.