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Menino baleado por policial civil do DF já se alimenta sozinho

Na madrugada de sábado, o menino passou por uma cirurgia. No domingo (8) o menino ainda estava em coma induzido. Nesta quarta (11), ele acordou, mas ainda se alimentava por sonda

O menino de 6 anos baleado por um policial civil do Distrito Federal já se alimenta sozinho. A assessoria de imprensa do Hospital Santa Helena divulgou o boletim médico às 15h23 desta sexta-feira (13). De acordo com o documento, ;o paciente L. G. C. R. C., de 6 anos, segue com evolução favorável, respirando espontaneamente, já conseguindo se alimentar;. Após um desentendimento no trânsito, o agente Silvio Moreira Rosa, 54 anos, atirou contra o carro da família da criança e atingiu a vítima no coração.

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Na madrugada de sábado (7), o menino passou por uma cirurgia. No domingo (8) o menino ainda estava em coma induzido. Nesta quarta (11), ele acordou, mas ainda se alimentava por sonda. A criança segue internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital particular, em observação e sem previsão de alta. Por ter atirado contra o carro em que estavam o pai do menino, ao volante, a mãe, no banco do passageiro e o garoto, no banco de trás, Silvio será indiciado por tripla tentativa de homicídio por motivo fútil.

Silvio está preso na Divisão Estadual de Investigações de Homicídios, em Goiânia (GO). De acordo com o delegado da Delegacia de Águas Lindas (GO) à frente do caso, Danilo Victor Nunes de Souza, falta apenas o aval de um magistrado do tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) para que o inquérito seja concluído. Se ele aceitar, Silvio continuará preso. Se negar, o policial civil do DF pode deixar a prisão na capital goiana, possivelmente, monitorado por uma pulseira eletrônica.



[SAIBAMAIS]"O juiz pode indeferir o flagrante e pedir outra medida cautelar, mas acho pouco provável que ele seja solto. Ele já tem passagens anteriores por ameaça, injúria. Chegou a ser expulso da polícia civil, passou três anos desligado. Só com as declarações do pai e das testemunhas, montamos um cenário forte o suficiente para autuá-lo em flagrante. Agora, é aguardar a homologação da Justiça", declarou.

Argumento frágil

O delegado também falou sobre o depoimento do policial civil brasiliense. ;No interrogatório formal, ele quis se manter em silêncio. Mas, quando foi detido, afirmou aos policiais e à imprensa que pensou se tratar de um assalto. As testemunhas que estavam com ele no carro relataram que, após atingir o garoto, ele usou a mesma justificativa para elas;, contou. Para Danilo, no entanto, o argumento é fraco e não se sustenta. Ele considerou a atitude de Silvio ;desproporcional; e afirmou que um policial que transporta outras pessoas dificilmente perseguiria um veículo após uma tentativa de assalto, colocando os passageiros em risco.

;Quando uma pessoa é assaltada, ela dificilmente persegue o algoz. Ainda mais sendo um policial que transportava outros passageiros. Não seria razoável, nem se o argumento fosse verdadeiro;, explica. ;Perguntamos se, em algum momento, ele viu o rapaz sacar alguma arma. A resposta foi negativa. O pai da criança e o policial nem sequer trocaram uma palavra. Ele teria se sentido contrariado pelo fato de o rapaz ter freado o veículo na frente dele;, concluiu o delegado.

A Corregedoria Geral da Polícia Civil do DF pediu uma cópia do auto de prisão em flagrante da corporação goiana. Segundo nota divulgada pela força de segurança brasiliense, técnicos farão uma análise do fato no aspecto disciplinar. ;Após análise e instauração do processo, será adotada a punição administrativa cabível;, garante.