Com início das operações marcado para a terça-feira (17) o Aterro Sanitário de Brasília tem deixado os catadores preocupados. Isso porque a dinâmica do lugar que armazenará um terço do total de lixo diário produzido no Distrito Federal, cerca de 900 toneladas, dispensa o trabalho desses profissionais. Na manhã desta sexta-feira (13) um grupo de 120 catadores, que reivindicama manutenção do lixão da Estrutural, ocupou duas faixas da via com o mesmo nome no sentido Plano Piloto.
A manifestação começou por volta das 6h. Após a interrupção parcial do trânsito, os manifestantes se reuniram em frente ao Palácio do Buriti por volta das 10h. O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg recebeu representantes da categoria no Buriti por volta de 12h.
Como funciona o aterro
Os rejeitos enviados para o aterro sanitário serão passaram por uma triagem feita por cooperativas nas usinas de Ceilândia e da L4 Sul e nas unidades de transbordo de Sobradinho e Asa Sul. Diferentemente de um lixão, no Aterro Sanitário as técnicas visam minimizar os impactos ambientais do solo, da água e do ar.O método utiliza princípios de engenharia (impermeabilização do solo, por meio de uma manta protetora; cercamento da área; ausência de catadores; sistema de captação e queima dos gases, drenagem e tratamento do chorume e drenagem das águas pluviais) para confinar rejeitos à menor área possível e reduzi-los ao menor volume permissível.
Há a cobertura com uma camada de terra na conclusão de cada jornada de trabalho, ou a intervalos menores, se necessário com o objetivo de evitar a proliferação de vetores. Além disso, um aterro sanitário possui licença ambiental de instalação e de funcionamento.