Jornal Correio Braziliense

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DF registra um caso de latrocínio ou tentativa a cada 37 horas em 2017

O índice dos onze primeiros dias do ano no DF já iguala as mortes registradas pelo crime em todo o mês de janeiro de 2016

Neste ano, a cada 37 horas, ao menos uma pessoa foi vítima de latrocínio ou tentativa no Distrito Federal e Entorno. Somente nos onze primeiros dias do ano, cinco casos de roubo seguido de morte foram registrados. Em outros dois, as vítimas sobreviveram, conforme apuração do Correio.

Quatro dos cinco casos ocorreram no DF. Isso significa que o índice de mortes pelo crime na capital neste ano já iguala o número registrado durante todo o mês de janeiro de 2016.

O quinto crime foi contabilizado em Padre Bernardo (GO). As tentativas que não resultaram em morte ocorreram no Gama e em Planaltina.

Casos registrados no DF

O primeiro caso de 2017 ocorreu em 4 de janeiro no Gama, quando a professora Raquel Costa Miranda, de 40 anos, foi atingida por um tiro nas costas após ter o carro roubado. Ela foi levada ao Hospital Regional do Gama (HRG) em estado grave, mas não resistiu ao ferimento e morreu em seguida.

Na primeira quinta-feira do ano (5/1), um taxista foi morto por um casal de passageiros. José Soares Brandão, de 46 anos, também foi atingido com um tiro nas costas enquanto levava os suspeitos para Brazlândia. O casal anunciou o assalto na altura da DF-180 e exigiram dinheiro e o carro. Ao avistar uma viatura da polícia militar, o taxista fez uma manobra brusca, na esperança de chamar a atenção e pedir socorro. Um dos passageiros atirou e matou José no local.

No mesmo dia, um homem de 63 anos foi morto no Itapoã. Nilson Marciano da Costa foi encontrado sem vida por volta das 6h30, na casa onde morava, próximo à avenida principal da cidade. Da casa, foram levados uma televisão, um aparelho de DVD e um celular, de acordo com informações da Polícia Civil.

O último roubo seguido de morte foi registrado na quarta-feira (11/1), em Taguatinga Sul. Segundo a Polícia Militar, três homens invadiram a residência de Moacir Soares dos Santos, de 55 anos, na QSD 14. Eles roubaram três celulares e a chave de um carro. No momento do crime, a vítima tentou reagir e acabou sendo baleada no peito.

Entorno

Um sargento da Polícia Militar do DF foi morto quando estava com amigos em uma chácara em Padre Bernardo (GO). Luiz Carlos Oliveira foi atingido por três tiros por um homem que pulou o muro dos fundos da propriedade assim que os amigos deixaram o local e, em seguida, efetuou os disparos. A vítima, que era lotada no Centro de Altos estudos e Aperfeiçoamento da Polícia Militar (Caeap), em Taguatinga, teve a arma levada pelo criminoso.

40 casos em 2016

Segundo a Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social (SSP-DF), de janeiro a novembro de 2016 foram registrados 40 casos de latrocínio em todo o DF. Houveram ainda outras 243 tentativas durante o mesmo período. Sobre os casos que ocorreram esse ano, a secretaria destacou que a polícia já identificou e prendeu os autores da tentativa na Ponte Alta do Gama e dos latrocínios da professora, no Gama, e do taxista, em Brazlândia.

A pasta informou ainda que produz análises criminais que indicam as regiões onde há maior incidência desta modalidade para que, a partir disso, as forças de segurança possam trabalhar para conter a criminalidade, por meio do patrulhamento com viaturas, motocicletas e cavalaria, além de realizar operações especiais, sobretudo, em locais de grande circulação de pessoas.