A Secretaria de Mobilidade Urbana divulgou, nesta sexta-feira (6/1), novo prazo para que colégios e universidades particulares enviem os dados dos estudantes que solicitarem o Passe Livre. As escolas têm até 15 de fevereiro para entregarem as listas. O prazo anterior era 30 de janeiro. A mudança é um pedido do Sindicato das Escolas Particulares (Sinepe-DF).
De acordo com o secretário da pasta, Fabio Ney Damasceno, até o momento 12 faculdades, incluindo a Universidade de Brasília (UnB), enviaram as listas. Apenas em dezembro de 2016, 11 mil irregularidades foram encontradas em cadastros de beneficiários e os respectivos cartões foram bloqueados.
A crise no transporte suscitou debate sobre a falta de critério social para a concessão do Passe Livre. Assim, o governo endureceu a fiscalização daqueles que têm direito à gratuidade. O benefício para estudantes consome a maior parte dos recursos no setor: há três anos, o custo das passagens para alunos foi de R$ 84,1 milhões. Em 2016, esse valor chegou a R$ 273,4 milhões.
Fraudes
Uma auditoria realizada pela Controladoria-Geral do Distrito Federal no sistema de transporte público da capital apontou prejuízos de R$ 80,1 milhões para os cofres públicos. Em 2015, ocorreram 4,2 mil viagens suspeitas e mais de 360 mil operações de deficientes inválidas, segundo o levantamento, concluído no ano passado.