O quarto dia de protesto contra o aumento da tarifa de ônibus e metrô no Distrito Federal tem pouca adesão e ocorre de maneira pacífica. O ato, marcado simultaneamente no Metrô de Ceilândia e na Rodoviária de Planaltina, reuniu aproximadamente 40 e 20 manifestantes, respectivamente. A Polícia Militar acompanha os dois protestos.
Em Ceilândia, após a concentração, com um carro de som, o grupo se dirigiu para o Centro e fechou uma faixa da Avenida Hélio Prates. No entanto, a PM pediu a desobstrução da via e manifestantes liberaram todas as faixas. Ainda assim, o protesto prejudica o trânsito na região.
Em cartazes, eles pedem ;mais amor, menos tarifa e fora Rollemberg;, em referência ao governador do DF Rodrigo Rollemberg (PSB). Cerca de 30 PMs acompanham a movimentação em três carros e dois BPcães.
No outro ato, em Planaltina, manifestantes permanecem na Rodoviária com cartazes e faixas, de acordo com a Polícia Militar. A corporação não informou o efetivo empregado no local por ;motivo de segurança;.
Outras manifestações
[SAIBAMAIS]O primeiro ato do grupo, realizado na segunda-feira (2/1), foi organizado pelas redes sociais pelo Movimento Juntos, na Rodoviária do Plano Piloto. Os manifestantes percorrem regiões do Plano Piloto, como Eixo Monumental e W3 Sul, até dispersarem de forma pacífica.
Na quarta-feira (4/1), no entanto, o protesto com 250 pessoas terminou com seis presos e cinco hospitalizados. A polícia utilizou bombas de efeito moral e gás de pimenta para dispensar os manifestantes na altura do Banco Central, no Eixo Monumental. Em Taguatinga, na Praça do Relógio, um grupo realizou o terceiro protesto, na quinta-feira (5/1). Cerca de 50 pessoas participaram e o ato terminou pacificamente.
Aumento
A revisão tarifária estabelece um aumento de R$ 2,25 para R$ 2,50, no caso de linhas circulares internas; de R$ 3 para R$ 3,50, nas passagens de coletivos de ligação curta; e de R$ 4 para R$ 5, nas viagens de longa distância e no metrô. Esse é o segundo reajuste referente à malha metroviária durante a gestão de Rodrigo Rollemberg (PSB). Em comparação ao início de 2015, quando o chefe do Executivo local assumiu a gestão do DF, o valor da tarifa mais cara subiu 66%.