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Família de homem morto a marretadas nega acusação de dívida de drogas

A mãe da vítima diz que o crime aconteceu porque o acusado devia dinheiro ao filho dela. O suspeito do assassinato havia comprado um carro do jovem, segundo ela

A família de Alexandre Medina, morador do Riacho Fundo que foi morto a marretadas, nega a versão apresentada pelos acusados de que o crime teria acontecido devido a uma dívida de drogas. A mãe da vítima, Irene Medina, 76, conta que o filho não mexia com drogas, e que o crime teria acontecido por ciúmes e por uma dívida adquirida pela venda de um automóvel. ;Ele (o acusado) havia comprado um carro do meu filho há dois meses e não pagava. Depois, ficou com raiva de ter sido cobrado. Sem contar o ciúmes que o acusado tinha da mulher;, explica.

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[SAIBAMAIS]Alexandre morava com a mãe na residência no Riacho Fundo. O sustento da família vinha do churrasquinho que o homem vendia em frente à casa. ;Ele era um homem honesto, trabalhava quase todo dia vendendo comida para diversas pessoas, inclusive o homem que o assassinou;, afirma dona Irene. Após o sumiço do filho, o acusado teria ido à casa de dona Irene perguntar sobre o paradeiro de Alexandre. ;Eu nunca havia conversado com ele, só descobri que ele era traficante após ele ser preso. Se soubesse, não o teria deixado entrar nem na minha casa;, relata.

O crime

Em 4 de dezembro, a família de Alexandre Medina procurou a Polícia Civil para informar o desaparecimento do homem. Após denúncias anônimas, o corpo foi encontrado em Anápolis, em 7 de dezembro, de acordo com o delegado Amarildo Fernandes, da 29; Delegacia de Polícia (Riacho Fundo), próximo a Abadiânia (GO). No carro dos criminosos, a perícia encontrou sangue de Alexandre. O homem teria sido morto a marretadas e depois teve o corpo queimado.

Os acusados contaram à polícia que o crime teria sido motivado por uma dívida de R$ 3 mil reais que Alexandre havia adquirido ao comprar drogas. Informação que, segundo a família, foi alterada. ;Três mil reais é o valor que o meu filho deveria receber pela venda do carro, não que ele devia;, esclarece a mãe.