Nos últimos 16 anos, a terra tremeu em Brasília por quatro vezes. O abalo mais forte foi registrado em 2000, em São Sebastião, e continua a ser um enigma para pesquisadores do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB). O terremoto teve magnitude de 3,7, o suficiente para objetos se moverem e os moradores sentirem o abalo. Não se sabe, até hoje, por que a onda aconteceu uma única vez, sem
outras manifestações em seguida.
Esse episódio instiga os pesquisadores porque, segundo o professor do Observatório Sismológico da UnB George Sand França, não houve registro de abalos posteriores. Ele explica que em terremotos sempre há sequências de outros tremores, e é assim que os estudiosos conseguem identificar com mais facilidade o que provocou a ocorrência. ;A falta desses outros abalos fez com que alguns pesquisadores suspeitassem de colapsos de cavernas, mas a hipótese não foi confirmada. Até o presente momento, uma possibilidade poderia ser uma pequena movimentação de falha e fratura, mas igualmente sem confirmação. É preciso estudar mais, até porque é necessário que aconteça o tremor ou terremoto para que se possa investigar;, destacou o especialista.
Outro registro marcante sentido por moradores da capital foi o evento de 8 de outubro de 2010. O tremor aconteceu em Mara Rosa (GO), divisa entre Goiás e Tocantins, a cerca de 300km de Brasília, mas teve impacto em vários prédios públicos da capital, inclusive com atuação do Corpo de Bombeiros e de equipes da Defesa Civil. Essa foi a última vez que a população do DF percebeu o tremor. Antes disso, quatro outros registros de abalos de terra por aqui (veja mapa). Isso porque a energia liberada nas outras vezes não foi suficiente para pudesse ser notada. George exemplificou que um terremoto de magnitude 4 para 5 libera 32 vezes mais energia, e talvez nos demais episódios não tenha sido gerada energia suficiente.
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